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Acre distribui apitos para população ajudar Polícia

Kit de combate à violência também inclui adesivos, ímãs de geladeira e panfletos; campanha foi batizada de “Vizinhança Solidária”.

15 de maio - 2014 às 19h21
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Terra

O governo do Acre tem sido duramente criticado nas redes sociais, após o lançamento da campanha “Vizinhança Solidária”, da Secretaria de Segurança Pública, que consiste na distribuição, em Rio Branco, de quatro mil kits contendo apitos, adesivos, ímãs de geladeira e panfletos, para que sejam usados no combate à violência. Moradores de bairros da capital acreana vão receber o kit e devem apitar em sinal de alerta quando perceberem alguém em atitude suspeita na rua. A campanha foi idealizada pela Secretaria de Segurança Pública e contou com o apoio da Associação Comercial do Acre (Acisa), que pagou R$ 12 mil pelo kit. A iniciativa virou motivo de chacota. Por causa da repercussão negativa, da parte de secretários e assessores do governo as opiniões passaram a brotar como sendo um “projeto do empresariado”.

A secretária adjunta de Comunicação, Andréa Zílio, disse que o governo estadual, por meio da Secretaria de Segurança Pública, prestigiou e apoia a iniciativa dos empresários. Ela acrescentou que “a iniciativa dos empresários é uma ação preventiva que une esforços da comunidade, como uma aliada ao trabalho da polícia”. Consultado pela reportagem, o presidente da Acisa, Jurilande Aragão contestou a secretária:

- Há seis meses, o secretário Ildor Reni Graebner, que estava acompanhado da cúpula da segurança pública do Acre, procurou a Associação Comercial, apresentou a campanha Vizinhança Solidária e nos pediu apoio financeiro. Nesses meses, o secretário chegou a nos cobrar até na presença do governador. Não dava mais para adiar o cumprimento do nosso compromisso de apoio a um projeto que o secretário tinha como prioridade – disse Jurilande.

A secretária Andréa Zílio havia acrescentado que os empresários lançaram a campanha por entenderem que a comunidade pode ser uma grande aliada no combate à violência.

- Nós apenas apoiamos essa campanha do governo, a exemplo de outras. Porém, nenhuma fez tanto barulho quanto essa. Quando o secretário de Segurança procurou os empresários para pedir apoio, vários alertaram que a campanha poderia gerar gracejos. Não paro de ouvir piadinhas e atender amigos ao telefone dizendo “quero meu apito – afirmou o presidente da Acisa.

Na última segunda-feira (12), Andréa Zílio publicou uma “nota sobre o erro”. Segundo ela, o Secretário de Segurança Pública, Reni Graebner, disse que “a maneira como explicou sobre o episódio dos apitos, causou um mal entendido”. O governo estadual admitiu que a iniciativa é da Secretaria de Segurança Pública.

- A PM desenvolve o trabalho da "Vizinhança Solidária" há mais de um ano, e agora acrescentou a ação do apito como uma forma da comunidade colaborar com o trabalho da polícia. A Acisa se prontificou a ajudar e a Secretaria de Segurança Pública solicitou os kits, que foram comprados pelos empresários e doados – escreveu a secretária de Comunicação.

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