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Ararinha azul ganha refúgio e proteção no interior da Bahia

Assista vídeo que registrou momento exato do nascimento de uma das espécies mais raras do mundo!

06 de junho - 2018 às 10h58
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Jornal Nacional // G1

Neste dia mundial do meio ambiente (comemorado em 5 de junho) - o governo federal criou o refúgio de vida silvestre e a área de proteção ambiental da ararinha azul - no interior da Bahia, em Curaça e Juazeiro. O objetivo é desenvolver um programa para reintroduzir essas aves na natureza. Atualmente, elas só existem em cativeiro. Elas são uma raridade. Desde o ano 2000, não se tem registro confirmado de ararinha azul, livre na natureza, em nenhuma parte do mundo. Só em cativeiro: na Alemanha, em Singapura e no Brasil. “Ela é um símbolo de uma espécie que foi possivelmente extinta por causa do tráfico de animais silvestres para suprir um mercado internacional de colecionadores de uma espécie rara”, explicou Camile Lugarini, coordenadora do projeto Ararinha na Natureza. São apenas 11 no país, que ficam num criadouro, no interior de Minas Gerais. Para entrar no recinto, é preciso roupa higienizada. Do laboratório, os veterinários acompanham a rotina de um casal pelas câmeras e a boa notícia está na chocadeira.

O teste mostra o embrião dentro do ovo. A parte mais escura, bem no meio, era uma nova ararinha começando a se formar. Só que o desenvolvimento não tem passado desta fase. Mas o comportamento do casal anima os pesquisadores. “No momento da postura desse ovo, a fêmea está no ninho, o macho fora do ninho, acompanhando, fazendo como se fosse uma vigília e ele entra para dentro do ninho, acompanha a fêmea durante a postura. Então, essas características que mostram que o casal está mais entrosado, aumentam muito as nossas chances de sucesso reprodutivo”, explica um especialista.
 


A reprodução da ararinha azul é um grande desafio porque é uma espécie romântica. Cada uma escolhe seu par e o casamento, normalmente, dura a vida inteira. Mas, tem um grande problema, elas são poucas. E muitas, são parentes. Nesses casos, mesmo quando põem ovos, é bem difícil os filhotes nascerem. Agora os pesquisadores esperam vencer o risco de extinção. Outros quatro casais também estão sendo acompanhados. Recebem tratamento especial de saúde e alimentação reforçada.

“Colocamos mistura de sementes e, além disso, adicionamos cálcio, que ela vai botar um ovo e o ovo precisa de cálcio”, explica o veterinário Marcos Vinícius Romero Marques. A expectativa é que os filhotes possam viver livres num refúgio de vida silvestre, em um local de preservação ambiental, criado numa área de vegetação de caatinga, no sertão da Bahia. “Elas vão reproduzir e os filhotes delas é que vão ser soltos na natureza. Eles vão voltar para a natureza, para sua casa que é a caatinga baiana. Vão fazer companhia às maracanãs e outras araras da região”, diz Camile Lugarini. 
 



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