Depois de receber várias críticas pela ausência de negros e a pouca presença de mulheres entre os indicados neste ano, o Oscar 2015 compensou a disparidade com uma série de discursos de seus premiados em prol da igualdade de direitos para diferentes gêneros, raças e nacionalidades. Houve até uma declaração em prol da democracia numa festa que consagrou “Birdman (ou a inesperada virtude da ignorância)”, do mexicano Alejandro González Iñárritu, vencedor de quatro estatuetas: melhor filme, direção, roteiro original e fotografia. Já o documentário franco-ítalo-brasileiro “O sal da Terra”, sobre o fotógrafo Sebastião Salgado, perdeu o prêmio para “Citizenfour”. A festa, organizada pela Academia de Artes e Ciências Cinematográficas de Hollywood, foi apresentada pela primeira vez pelo ator Neil Patrick Harris e teve menos piadas do que em edições passadas, mas contou com mais números musicais — entre estes, destacou-se Lady Gaga, que cantou músicas de “A noviça rebelde” em homenagem aos 50 anos do filme e ainda saudou no palco do Dolby Theatre, em Los Angeles, a estrela Julie Andrews.
Os discursos pela igualdade se iniciaram com o prêmio de atriz coadjuvante para Patricia Arquette, o único de “Boyhood”, filme outrora considerado favorito e que certamente foi o maior derrotado da noite. — De uma vez por todas é o momento de termos salários e direitos iguais para as mulheres nos Estados Unidos da América — afirmou Patrica.
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