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Ex-presidente da Codevasf incentiva ocupação do Baixio de Irecê

Elmo Vaz contesta suposta decisão do ministro Gilberto Occhi e diz que seu sucessor terá que ‘se virar’.

05 de julho - 2015 às 20h44
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Foto: Diário do Poder

Repercute em toda Região de Irecê a entrevista concedida por Elmo Vaz (PT) - ex-presidente da Companhia de Desenvolvimento dos Vales do São Francisco e do Parnaíba (Codevasf) - ao Jornal do Meio-Dia, da Irecê Líder FM, na última sexta-feira (3). Durante o programa, ele trouxe à tona a informação de que o atual ministro da Integração Nacional, Gilberto Magalhães Occhi, revogou as ordens de serviços para desmatamento nos lotes do Baixio de Irecê, localizado entre os municípios de Xique-Xique e Itaguaçu da Bahia e tido como o maior perímetro de irrigação da América Latina. Os primeiros contratos foram assinados no início do ano, quando Elmo Vaz ainda estava à frente da empresa pública.

“Deixei R$ 21 milhões no orçamento da União. R$ 21 milhões! O país está em crise? Tá! A gente reconhece. O momento nunca foi tão crítico, tão complicado (...) R$ 21 milhões para colocar em operação as etapas I e II. Se alguém quiser cortar alguma coisa neste país, que corte o supérfluo”, disse o petista baiano, que chegou ao cargo em 2012 por indicação do então governador Jaques Wagner.

Não vamos aceitar! Nós vamos pra cima!

No decorrer da entrevista, Elmo Vaz fez questão de destacar que o processo de escolha dos agricultores se deu de forma transparente e legítima por meio de uma Concessão de Direito Real de Uso (CDRU) dos lotes. “O que fazer?”, questionou, então, o apresentador. “Arregaçar as mangas (...) Não sou mais da Codevasf. Agora sou [apenas] um cidadão brasileiro, um cidadão baiano da Região de Irecê. Se for necessário, vou com eles ao Ministério Público Federal. O MPF tem obrigação de garantir a essas pessoas que elas ocupem suas terras. Porque não é invasão, não é ocupação, é posse”, respondeu.  

Para logo em seguida, completar: “o ministro e o presidente da Codevasf que entrou que se vire [sic] para arrumar o recurso que está lá (...) Inclusive, recursos empenhados. Ninguém tem o direito de rasgar e voltar atrás nesses contratos (...) Eu se tivesse ganho, participado da licitação, ia lá ocupar!”. Ao final, num trecho que pode ser interpretado como afronta ao atual presidente da Codevasf, Elmo Vaz desabafa: “Não vendi ilusão pra ninguém, não. Vendi esperança! (...) Portanto, não vamos permitir que o Baixio retroceda! Não vamos aceitar! Nós vamos pra cima! Tomem posse dos seus lotes! Não tem nada ilegal”. Apesar de uma grande campanha política, que envolveu até mesmo mobilização de parte da bancada baiana na Câmara dos Deputados, em maio deste ano, o apadrinhado do ministro Jaques Wagner foi substituído por Felipe Mendes de Oliveira no comando da Codevasf.

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