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Explosão na Ceasa de Simões Filho deixa oito feridos

Comerciantes desconfiam que a causa da explosão tenha sido o uso indevido de carbureto — substância que acelera a maturação das frutas.

04 de março - 2015 às 09h30
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Com informações do Correio*

Na primeira tenda ao lado Galpão 6 da Central de Abastecimento da Bahia (Ceasa), em Simões Filho, Rosemeire Santos, dona do restaurante que funciona no local, corria contra o tempo para deixar tudo preparado para o almoço. Mas pouco antes das 11h, ela foi surpreendida por uma explosão, que arremessou pedaços de caixote e frutas no galpão. O estrondo ocorreu na Lever Distribuidora de Alimentos, empresa que funciona em um boxe no fundo do restaurante de Rosemeire. O impacto atingiu a estrutura do galpão e ao menos três pequenos restaurantes próximos. Oito pessoas foram socorridas para o Hospital Municipal de Simões Filho pelo Samu — todas com escoriações leves. As vítimas do acidente tiveram alta médica ainda ontem.

Comerciantes do local desconfiam que a causa da explosão tenha sido o uso indevido de carbureto — substância que acelera a maturação das frutas. A empresa nega que utiliza o produto. “Depois do barulho, sentimos um cheiro forte de carbureto”, contou Joilson Santos, vendedor da também atingida Bortolon Agro Comercial. “Esse aqui é meu único ganha-pão. Perdi freezer, fogão, mesas, cadeiras. Até a pia ficou destruída”, contou Rosemeire. Na Lever, o estrago também foi grande: além dos produtos armazenados — a empresa não soube estimar quanto —, oito escritórios que funcionavam atrás da parede atingida foram danificados. O teto da área administrativa ficou parcialmente destruído e, parte da mobília e equipamentos de escritório danificada.

Eugênio Burgos, superintendente da Empresa Baiana de Alimentos (Ebal), responsável pela Ceasa, explicou que as investigações preliminares apontam o carbureto como possível causa da explosão. “Provavelmente foi a combustão do carbureto, que estava armazenado próximo a um ar-condicionado. A água que pingava do aparelho entrou na caixa de PVC onde estava a substância e houve a explosão”, disse. Burgos disse ainda que não há determinação do Ministério da Agricultura que proíba o uso do composto — uma reunião será agendada com os permissionários para discutir o uso da substância. De acordo com o representante da Lever, Agnaldo Nascimento, o local passou por reforma há três meses e não haviam irregularidades nas instalações da empresa.

“Usamos plásticos para abafar os mamões e é isso que acelera a maturação. Esse método é utilizado há 20 anos e não tem nada contra as normas”, relatou o representante da empresa. O perito José Roberto, do Departamento de Polícia Técnica, foi o responsável pela vistoria no local. Ele informou que a causa da explosão ainda não está clara, mas que as amostras de material coletadas na cena da explosão serão analisadas em laboratório e um laudo deverá ser liberado em até 10 dias úteis. “Me parece que a explosão foi causada por algum tipo de gás, mas nós não conseguimos identificar o que poderia ter causado esse fato”, disse o perito.

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