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Força-tarefa vai apurar contaminação por urânio na Bahia

Órgãos federais e locais de saúde vão tentar localizar poços com material radioativo na Região de Caetité e Lagoa Real.

27 de agosto - 2015 às 10h52
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Estadão

Uma força-tarefa composta por órgãos federais e estaduais de saúde investigará os riscos da contaminação de água por urânio na região de Caetité e Lagoa Real, no sertão da Bahia. Segundo o jornal “O Estado de S. Paulo”, a Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) informou que vai procurar a Superintendência de Vigilância Sanitária e Saúde da Bahia para tomar atitudes em relação ao consumo de água radioativa. O trabalho também deverá ter o apoio da Secretaria de Vigilância Ambiental do Ministério da Saúde. O objetivo é auxiliar o órgão estadual de vigilância em um levantamento das situações de risco à saúde da população, identificando poços que possam ter água contaminada com alto teor de urânio.

A Comissão Paroquial de Meio Ambiente, a Comissão Pastoral da Terra e a Associação Movimento Paulo Jackson, Ética, Justiça, Cidadania vão pedir ao Ministério Público Federal (MPF) na Bahia a instauração de uma ação contra a INB (Indústrias Nucleares do Brasil). “Após a admissão pública da contaminação da água por urânio na região de influência da mineração, esperamos que, finalmente, as autoridades competentes, especialmente Ibama (Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis) e MPF, tomem as providências cabíveis, requeridas há tanto tempo pelas populações afetadas pela mineração de urânio na Bahia”, disse Zoraide Vilasboas, presidente da Associação Movimento Paulo Jackson.

O Ministério do Meio Ambiente e o Ibama notificaram a estatal INB após denúncia de contaminação de urânio no poço de uma família de Lagoa Real. A decisão foi tomada a partir de informações de reportagem do jornal, as quais demonstram que a INB não comunicou ao governo federal que havia encontrado água contaminada na região. O Ibama determinou o bloqueio dos poços até que se investigue a qualidade da água consumida pela população. A INB poderá ser multada por omitir a informação.

 

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