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Infectologistas falam sobre vacinação de adolescentes sem comorbidades

Monique Lírio alerta sobre casos de jovens hospitalizados e destaca risco de transmissão para família e amigos.

17 de setembro - 2021 às 13h02
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ATCom Divulgação

Nos últimos dias, a suspensão da vacinação contra Covid-19 entre os adolescentes de 12 a 17 anos sem comorbidades e dúvidas sobre esse tema deixaram pais com muitas inquietações sobre o assunto. Infectologistas pontuam que a vacinação entre os jovens é importante e o processo está sendo feito de forma segura, avaliando os casos de reações – que se mostram muito raros. A infectologista que atua na S.O.S. Vida em Salvador, Monique Lírio, destaca que, primeiramente, por mais que seja verdadeiro que os adolescentes e crianças com Covid-19 evoluam muito melhor que os idosos e costumem se recuperem, há casos de jovens que ficam muito doentes e acabam hospitalizados. 

“Além disso, por mais que crianças e adolescentes tenham quadros menos severos, eles podem transmitir o vírus para contatos próximos. A vacinação, portanto, ajudaria a bloquear um pouco essa transmissão comunitária do coronavírus. Outro benefício da vacinação dos jovens é manter as escolas abertas. É preciso fazer de tudo para que esse ambiente seja seguro e a educação seja retomada”, opina a médica. Para o infectologista Matheus Todt, da S.O.S. Vida de Aracaju, a vacinação de adolescentes pode colaborar no controle da pandemia. “Apesar de ser um público menos acometido por formas graves, embora também possam manifestar formas graves ou mesmo morrer por Covid-19, eles representam um fator muito importante de propagação da doença. Vacinar essa faixa etária pode, sim, ajudar no controle da pandemia, além de evitar internações e mortes dos mais jovens”, opina Matheus.

Em relação aos efeitos adversos da vacinação entre os mais jovens, Monique salienta que o principal risco que vem sendo avaliado é o de miocardite ou pericardite, que são tipos de inflamação que acometem o coração. Ela comenta que foi observado um ligeiro aumento na frequência dessa condição entre os mais jovens após o início da vacinação, mas é importante dizer que esses casos de inflamação são raríssimos e, na maioria das vezes, foram leves e se resolveram rapidamente.

“Como destaca o próprio site do Centro de Controle e Prevenção de Doenças (CDC) dos Estados Unidos, as vacinas são seguras e eficazes nessa faixa etária e seus potenciais benefícios superam, de longe, qualquer efeito colateral. O CDC descreve que os sintomas pós vacinação são dor e vermelhidão no braço, cansaço, dor de cabeça, calafrios, febre e náuseas. Nem todas as pessoas sentem os incômodos, e, mesmo naquelas que apresentam esses efeitos colaterais, o quadro costuma ser leve e dura poucos dias”, reforça.

A infectologista opina ainda que não há dúvida de que o maior objetivo com a vacinação agora é reduzir os casos graves, as hospitalizações e as mortes, por isso a proteção de adolescentes deve acontecer se houver vacinas suficientes para suprir os grupos de maior risco.

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