bannerfull

Interior baiano se torna opção viável para mercado imobiliário

Em nova tendência, fazendas e chácaras com pouca utilização para a agropecuária estão abrindo caminho para loteamentos residenciais.

31 de agosto - 2014 às 08h38
Interior-baiano-se-torna-opo-vivel-para-mercado-imobilirio

Com informações A Tarde / Foto: Divulgação

Em pelo menos seis cidades da Bahia, fazendas e chácaras com pouca utilização para a agropecuária estão abrindo caminho para loteamentos residenciais. Seja como casa de praia, moradia principal ou fonte de investimento, consumidores das classes A e B estão descobrindo o prazer de ter uma casa no campo. Algumas delas de altíssimo padrão. Uma tendência que já entrou no radar da Associação dos Dirigentes do Mercado Imobiliário (Ademi-BA), que deve lançar até o fim deste ano a primeira pesquisa dos loteamentos residenciais no interior. "Estimamos que esses empreendimentos respondam por 20% do mercado imobiliário na Bahia", diz o  vice-diretor de marketing da Ademi, José Azevedo Júnior. "O mercado de loteamentos segue forte. Quem lança vende", afirma Mário Piva, da JMJ Empreendimentos, responsável pela construção do Jacuípe Country, que garante já ter comercializado 90% dos 260 lotes postos à venda e que deve lançar outros 260 ainda este ano.

Com terrenos a partir de 750 metros quadrados, entre a praia e o rio Jacuípe, na altura do km-32 da Estrada do Coco, o empreendimento é vendido principalmente como uma segunda residência para famílias soteropolitanas das classes A e B, além de investidores da região Sudeste. "Tem gente comprando mais de um lote para construir villages", afirma Piva. Mas mesmo em terras longínquas, que não têm o atrativo do mar, loteamentos residenciais começam a virar um filão no mercado imobiliário. No oeste baiano, região que apresenta um crescimento acelerado, essa modalidade de construção já aparece em municípios como Luís Eduardo Magalhães e São Desidério, impulsionada pelo interesse de investidores do sul do país e até do exterior.

Apenas uma empresa, a Solyda Construtora, de capital holandês, conduz cinco loteamentos residenciais na região, além de um centro comercial futurista em Luís Eduardo Magalhães, a Cidade do Automóvel.  Em todos os casos, os projetos arquitetônicos são assinados por um escritório de Amsterdã, uma exigência nacionalista do dono da empresa. "São  quase cinco mil unidades  residenciais  nos loteamentos criados em antigas fazendas de Roda Velha, em São Desidério, e em Luís Eduardo Magalhães", afirma Márcio Godói, gerente comercial da Solyda.

Interior

O vice-diretor de marketing da Ademi-BA, José Alfredo Filho, considera que, além do desenvolvimento econômico, a fartura de terrenos planos e a cultura de morar em casas, e não em apartamentos, impulsionam os loteamentos residenciais no interior do estado. Os valores variam de região a região, de acordo com suas peculiaridades e o potencial econômico. "Em Juazeiro, é possível comprar um lote por R$ 23 mil", assinala Azevedo Filho, que destaca Alagoinhas, um polo de bebidas, como outro local de interesse, além da região metropolitana de Salvador. Maior município do interior do estado, Feira de Santana vai ganhar em breve o seu segundo condomínio Alphaville, cuja entrega dos 533 lotes residenciais está prevista para agosto de 2015. A decisão de construir a nova unidade não foi difícil.

De acordo com a empresa, o primeiro empreendimento local, lançado em 2011, teve as suas 933 unidades residenciais e 30 comerciais vendidas em menos de três horas. A segunda etapa tem lotes com o valor mínimo de R$ 160 mil. "É um dos 20 municípios com maior potencial de consumo do Brasil, um polo industrial e educacional cada vez mais importante e que vive uma fase de desenvolvimento econômico consistente, que se reflete na força de seu segmento imobiliário", afirma André Zahed Nasi, gerente comercial da Alphaville, ao justificar  a presença na cidade.

Galeria de fotos

Comentários

netools comunicação digital
Sertão Baiano - Todos os direitos reservados © - 2024