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Interior é opção para empreender na Bahia

Entre as cidades promissoras, destaque para Barreiras, Luís Eduardo Magalhães, Juazeiro, Ilhéus, Itabuna, Feira de Santana, Santo Antônio de Jesus e Vitória da Conquista.

04 de outubro - 2015 às 10h32
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Foto: Jornal Consciência Ambiental

Gilson Jorge / A Tarde

Com  a economia movida pela expansão da indústria, dos serviços e, principalmente, do  agronegócio,  alguns municípios  baianos  mostram-se uma excelente alternativa para quem quer  abrir um pequeno negócio. Setores como alimentação fora de casa, moda  e beleza, por exemplo, são listados  pelo Sebrae como possibilidades efetivas de empreendedorismo em municípios que, mesmo durante a crise, assistem ao crescimento da economia local por conta da implantação de projetos que já estavam previstos ou que simplesmente não estão sentindo tanto os efeitos da retração econômica do país.

"Não sinto que a crise esteja mudando muito as coisas em Feira. Muitas empresas fecharam, mas muitas abriram também", afirma o empresário Murillo Campos, que decidiu abrir uma lanchonete em sociedade com a mulher, Daniele Campos, pensando na possibilidade de daqui a algum tempo o casal trocar os empregos  pelo próprio negócio. A loja, aberta em fevereiro deste ano, tem apresentado um movimento considerado "bom" pelo empresário, que optou por uma franquia da marca canadense Pita Pit. 

Microempreendedores

Até junho deste ano Juazeiro já contabilizava  seis mil micro e pequenas empresas formalizadas, segundo o secretário de desenvolvimento e turismo Carlos Neiva. Grande parte dos microempreendedores está pulverizada no setor de serviços, que representa 64% do produto interno bruto local. "Estamos vivendo um momento de crescimento no número de empresas instaladas na região, e acredito que esses investimentos, associados à nossa localização estratégica, próxima das principais capitais do Nordeste, e às boas rodovias, impulsionarão o crescimento dos microempreendedores individuais na região", afirma.

Segundo a prefeitura de Juazeiro, a cidade é a que mais  gerou empregos com carteira assinada no Nordeste, entre janeiro e agosto deste ano. Foram 4.268 novos postos criados. "No âmbito nacional, estamos na sétima posição. Até agosto de 2015 foram mais de 16.181 empresas formalizadas na região. Isso nos deixa na oitava posição na Bahia", afirma o secretário. Um dos maiores polos agrícolas do Brasil, o oeste baiano   tem mais de 11 mil empreendedores espalhados pelos seus 41 municípios, sendo 43% de serviços, 38% de comerciais e 5% industriais, segundo levantamento da Sala do Empreendedor de Barreiras, órgão ligado à prefeitura, que não especificou a natureza dos 14% restantes.

"Continua grande a demanda por salões de beleza, por exemplo", afirma a coordenadora do Salão do Empreendedor, Marinês Blondina. A entidade aponta ainda como demandas na cidade os serviços de hotelaria, restaurantes e serviços turísticos, além do setor da construção. Ela faz a ressalva de que, em função do perfil agropecuário da região, é importante fazer uma pesquisa de mercado.

Cidades promissoras

"Não é porque existe uma oportunidade que se vai investir imediatamente. É preciso se preparar, fazer um plano de negócios", lembra o gerente de mercado do Sebrae, José Nilo Meira, que cita como cidades interessantes  Barreiras e Luís Eduardo Magalhães, pelo agronegócio, Juazeiro, pela fruticultura irrigada, Ilhéus e Itabuna, pelos negócios de reflorestamento e chocolate orgânico, e cidades com um comércio desenvolvido, como Feira de Santana, Santo Antônio de Jesus e Vitória da Conquista.

O empresário  Joaquim Farias Júnior, da Mercadótica, enxerga as coisas com mais cautela. "No nosso setor, os efeitos da crise são menores, porque as pessoas precisam comprar óculos. Mas tenho observado muita retração no comércio", afirma Farias, diretor de franquias da empresa que iniciou as atividades há 22 anos e que hoje já tem filiais e franquias em Pernambuco e em São Paulo. "O investidor deve prestar atenção na renda média da cidade", recomenda.

Como ter sucesso com negócio no interior:

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Veja quais são os setores em expansão nas cidades que mais crescem na Bahia. Alguns municípios, como Barreiras, mantêm serviços de informação sobre as áreas com maior demanda

Avalie a renda local

O empresário Joaquim Farias Júnior recomenda que o investidor apure quanto é o tíquete médio no comércio da cidade. Ou seja, dividir o valor total de vendas de uma determinada empresa pelo número de clientes 

Internet

Em qualquer mercado consumidor conectado à rede, manter um site ou página em rede social pode facilitar muito as coisas para o comerciante. Até para começar a atrair compradores em cidades vizinhas

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