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João Dourado: Comércio pressiona Prefeitura para quebra de contrato com o Banco do Brasil

Representante da classe dos empresários fala em crise sem precedentes; oposição cobra reabertura da agência.

15 de março - 2017 às 16h52
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Fotos: Sertão Baiano

Daniel Pinto

Nesta quarta-feira (15), a sessão ordinária na Câmara Municipal de João Dourado, cidade da Região de Irecê, foi pautada na crise causada na Economia local após o fechamento da agência do Banco do Brasil (BB), fato ocorrido há mais de um ano após assalto à agência e explosão de diversos caixas eletrônicos. Em nome do Comércio da cidade, o proprietário da Farmácia Pimenta, Evandro Oliveira, usou a Tribuna da Casa para solicitar a intermediação dos vereadores para realização de uma audiência com o prefeito Celso Loula Dourado (PT). Em entrevista à reportagem do Sertão Baiano, Evandro Oliveira disse que a Economia de João Dourado tem sido prejudicada com a manutenção da folha de pagamento do município no BB. 
 


 

“Devido às circunstâncias, os funcionários da Prefeitura são obrigados a se deslocar até Irecê... Uma vez em outra cidade, eles aproveitam para consumir produtos e serviços em outra praça. O resultado disso é a queda na circulação de dinheiro, aumento da inadimplência, o enfraquecimento da Economia e a diminuição da capacidade de investimento dos empresários”, queixou-se. A vereadora Maria Fernandes (PSD), mesmo pertencendo à base aliada, admitiu que o problema afeta o dia a dia de João Dourado e se colocou à disposição para auxiliar na busca de uma solução.

O vereador Flávio Eres (PCdoB) foi além e afirmou que o Banco do Brasil “tem sido irresponsável" com a população do município: “o BB já mostrou que não tem a menor consideração conosco... O prefeito devia estar aqui para ouvir isso... Pra mim, a folha de pagamento da Prefeitura tem que ser levada a outro banco”.  

Consenso 

Durante a sessão, os vereadores da oposição - Carlos Átila (PMDB), Cristiano Oliveira (PMDB) e Rute Pereira Borges (PTB) - apresentaram requerimento solicitando a reabertura da agência do Banco do Brasil em João Dourado. No documento, endereçado ao superintendente do BB, Carlos Alberto Ramos Silva, o grupo da minoria destaca que o fechamento da unidade “gerou impacto negativo (...) e tem resultado em grande prejuízo para a população (...) Vale salientar que a agência de João Dourado dispõe de tradição na microrregião de Irecê e atende uma clientela qualificada, que opera no agronegócio, principal atividade comercial do município”.

Em conversa com o Sertão Baiano, o vereador Carlos Átila - que foi secretário de Administração na gestão passada - lembrou que, por solicitação da Superintendência do BB, em 16 de junho de 2016, a Câmara Municipal de João Dourado aprovou a lei nº 496, estabelecendo uma série de normas de segurança em todas as agências bancárias, casas lotéricas e correspondentes bancários da cidade. Devido à urgência, o texto foi sancionado pelo então prefeito e publicado no Diário Oficial no dia seguinte, 17 de junho de 2016. Mesmo com todo esforço e mobilização da sociedade joãodouradense, a agência permanece de portas fechadas.

Até então, a gestão Celso Loula Dourado não havia sido confrontada publicamente com o grave problema. O Comércio local exige uma audiência com o gestor e aguarda um posicionamento oficial. Até lá, os empresários sofrem com uma recessão sem precedentes na história do município. “Estamos preparados para tomar às ruas e exigir providências”, arrematou Evandro Oliveira. 

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