Nesta quinta-feira (13), cinco anos após o crime, o homem que confessou ter colocado 31 agulhas no corpo do afilhado de dois anos vai a júri popular na cidade de Ibotirama, no oeste da Bahia. Roberto Carlos Magalhães chocou o Estado ao admitir que a tortura foi executada como parte de um ritual de magia negra com objetivo de se vingar da mãe da vítima.
O caso veio à tona no final do ano de 2009, logo depois que a criança fez um exame de raio-x para tentar descobrir a origem de dores misteriosas pelo corpo. As imagens mostraram objetos no abdômen, pescoço, tórax e pernas do menino, que foi transferido para Salvador, onde passou por três cirurgias e teve alta após um mês de internamento.
De acordo com o Ministério Público da Bahia (MP-BA), o crime foi cometido por motivo fútil e Roberto Carlos, que responde por tentativa de homicídio qualificado, teve a ajuda de duas mulheres: uma foi liberada por falta de provas, a outra foi presa e depois beneficiada com a liberdade provisória. Roberto Carlos, também conhecido como monstro de Ibotirama, chegou a fugir da prisão em 2010, mas foi recapturado dias depois da ação na casa de parentes.