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ONU grava documentário na Bahia

Território quilombola Dandá foi escolhido como locação para o projeto ‘International Decade for people of African Descent’.

12 de junho - 2015 às 11h56
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Assessoria de Comunicação Social do Incra/BA

O projeto “International Decade for people of African Descent” da Organização das Nações Unidas (ONU) escolheu o território quilombola Dandá, na Bahia, como locação para as filmagens de um de seus três documentários sobre a situação dos descendentes de escravos africanos. O documentário gravado na Bahia será lançado no dia 23 de agosto, na internet e por broadcast que atinge mais de 160 países. Serão duas versões, uma de quatro minutos e outra de oito minutos. A equipe chegou nesta terça-feira (09) e fica até o dia 16 para entrevistar famílias remanescentes de quilombos e visitar locais com registros históricos sobre a mão de obra escrava em Salvador e a herança cultural deixada na cidade. Na quarta-feira (10), o diretor de Ordenamento da Estrutura Fundiária do Incra, Richard Torsiano, concedeu entrevista para equipe e explicou sobre o avanço do Programa Brasil Quilombola no país. “São 1,6 mil comunidades trabalhadas pelo Incra dentre as duas mil certificadas pela Fundação Cultural Palmares”, ressaltou. Torsiano acrescentou que a ação beneficia aproximadamente 32 mil famílias remanescentes de quilombo.

ONU

A produtora da divisão de Rádio e TV da ONU, Mary Ferreira, cujo escritório está sediado em Nova York, destacou que os documentários têm o objetivo de divulgar como vivem os descendentes de escravos africanos na atualidade e como eles estão conquistando justiça e reparação. O projeto “International Decade for people of African Descent”, de acordo com Mary, está fincado nos pilares do conhecimento, justiça e igualdade. “Trata-se de uma década de reflexão sobre a população escravizada que vai até 2024”, enfatizou. O primeiro documentário produzido sobre a temática foi gravado na Carolina do Sul, nos Estados Unidos, lançado em abril, e está online na internet. O segundo está sendo filmado na Bahia, e o terceiro documentário ainda será decido pela equipe da ONU, mas pode ser em Bonaire, no Caribe. 

Além dos documentários, o “International Decade for people of African Descent” oferece ações de combate à discriminação racial e um programa de bolsas para pessoas de ascendência africana, cujas inscrições irão até 01 de julho. Mais informações sobre as bolsas: www.ohchr.org ou no www.un.org/en/events/africandescentdecade.


 

 

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