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PSB é um partido vendido, desabafa Eliana Calmon

Candidata ao Senado, autointitulada ‘cocotinha’ das eleições na Bahia, revela grande descontentamento com a política, desqualifica o próprio partido e mostra ojeriza ao PT.

24 de setembro - 2014 às 18h00
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Foto: Veja

Daniel Pinto

Sem cerimônias e despida da hipocrisia dos políticos profissionais, a candidata ao Senado pelo PSB da Bahia, Eliana Calmon, ex-corregedora do Conselho Nacional de Justiça, concedeu uma entrevista explosiva ao Jornal da Caraíbas, da rádio Caraíbas FM 100,7 (Irecê), na tarde desta quarta-feira (24). Em um dos trechos mais marcantes, ao ser confrontada com as dificuldades da campanha e o desempenho tímido nas pesquisas de intenção de votos, ela não teve pudor em responder: “para meu nome chegar até a população, chegar ao interior do estado, eu precisava ter um partido forte, que não tenho. O PSB é um partido pequeno, partido vendido. Uma porção de gente que está aí se vendeu ao PT, se vendeu ao DEM. Eu tinha escrúpulos de falar isso. Agora, não tenho. Porque partido aqui é uma conversa fiada. Vou em vários municípios que os prefeitos do PSB nem me recebem porque já estão comprometidos”.

Em outro momento, Eliana Calmon revela que recebeu proposta de financiamento completo da campanha, caso se comprometesse a votar e fazer lobby pela aprovação dos bingos e caça-níqueis no Congresso Nacional. “O problema está no sistema eleitoral e ninguém aprova a reforma política. É de ‘fio a pavio’: todo mundo quer um pedaço de dinheiro (...) Estou na política porque o cidadão de bem tem que tomar conta do pedaço. Qual a coisa nova que se tem na Bahia?”, questionou. “Só Eliana Calmom”, respondeu o âncora do Jornal da Caraíbas. “Uma mulher de 69 anos é a ‘cocotinha’. Alguma coisa está errada!”, completou a ex-ministra do Superior Tribunal de Justiça.

Ainda na seara política, Eliana Calmon disse que, caso a candidata ao Governo do Estado da sua coligação esteja fora do 2º turno, ela seguirá a orientação de Marina Silva, descrita como sua principal referência. Entretanto, se estiver à vontade para escolher, apoiará o PSDB em contraponto ao PT. Durante o bate-papo, a postulante ao Senado Federal também falou sobre problemas crônicos que afetam os produtores do semiárido, como a estiagem, dívidas bancárias e falta de projeto público de sustentabilidade hídrica; corrupção, entraves e burocracia nos poderes da República e a promíscua relação entre Executivo e Judiciário.

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