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Tráfico humano é tema de sessão especial da Campanha da Fraternidade

No Brasil, somente em 2013, foram registrados 2,4 milhões de casos.

10 de abril - 2014 às 09h55
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Jeremias Silva, Política na Rede

Uma menina de 8 anos vendida por R$ 15 reais para exploração sexual. A ideia é absurda, mas aconteceu no estado de Alagoas. O caso foi citado pela professora Vanessa Cavalcanti como exemplo de tráfico humano, durante a Sessão Especial sobre a Campanha da Fraternidade 2014. O evento foi realizado nesta quarta-feira (09), no plenário da Câmara de Camaçari. Tráfico Humano é o tema central da Campanha da Fraternidade deste ano. Segundo relatório da Organização das Nações Unidas (ONU), somente em 2012 foram traficadas cerca de 20,9 milhões de pessoas em todo o mundo. A estimativa é que a prática movimente anualmente US$ 32 Bilhões. Dentre as vítimas, 85% são mulheres e crianças do sexo feminino.

No Brasil, somente em 2013, foram registrados 2,4 milhões de casos. Para a professora, estes dados podem estar longe do real, já que ainda não há ferramentas massificadas de registros e estatísticas. “Essa é uma proposta que deixamos para os poderes públicos. É necessário criar instrumentos efetivos de registro dos casos para que seja possível construir estatísticas mais próximas da realidade”, pontuou. Para o Bispo da Diocese de Camaçari, Dom João Carlos Petrini, tratar o outro como objeto tem justamente o sentido oposto ao da palavra fraternidade, bandeira amplamente defendida pela comunidade Católica. Segundo ele, as pessoas que estão mais vulneráveis a este crime são as que vivem de maneira solitária, afastada das atividades comunitárias. “A melhor vacina para o tráfico humano é estar enraizado. É ter raízes na família, na religião, nas amizades, em Cristo. Este não é um problema exclusivamente de polícia, mas essencialmente de comunidade”, pontuou.

Para o vereador Marcelino (PT), proponente da sessão, o evento foi produtivo. “Como representante do povo negro, que tanto sofreu e sofre com a vulnerabilidade social e, consequentemente, com a prática do tráfico humano, defendo que é preciso inserir o legislativo de Camaçari neste debate, assumindo o papel de agente transformador desta realidade”, defendeu. Participaram ainda representantes do Poder Executivo, de entidades religiosas e comunitárias, alunos do Colégio Modelo de Camaçari, dentre outros. Também fizeram uso da palavra o Padre Otoniel, o Padre Valmir, os vereadores Pastor Neilton e Bispo Jair e o secretário municipal de Relações Institucionais, Anderson Santos.

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