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Wagner defende democracia e liberdades política e de imprensa

Ato que restituiu mandato a deputados cassados pela Ditadura Militar teve destaque no programa “Conversa com o Governador”

01 de abril - 2014 às 08h37
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Foto: Manu Dias / SECOM

A Bahia escreveu mais uma importante página da sua História com a realização da sessão especial na Assembleia Legislativa que devolveu simbolicamente o mandato aos 13 deputados estaduais baianos cassados pela ditadura militar. A avaliação é do governador Jaques Wagner, que participou da solenidade realizada na data que marca os 50 anos do golpe militar de 1964. É justamente abordando este assunto que ele abre o seu programa de rádio semanal ‘Conversa com o Governador’. “Acho que foi um ato muito importante, pelo olhar de futuro que isso dá. Foi uma página de História. Além de devolver o mandato, o que é mais importante é dar mais uma lição de democracia para dizer: ditadura nunca mais, opressão nunca mais, cerceamento à liberdade nunca mais; aos direitos políticos e à liberdade de imprensa, nunca mais”, fala o governador a seus ouvintes com a experiência de quem conheceu de perto o terror dos chamados ‘anos de chumbo’.

Na solenidade realizada na AL-BA na manhã desta segunda-feira (31), foram devolvidos simbolicamente os mandatos aos deputados estaduais Diógenes Alves (cassado em 28/04/1964), Ênio Mendes de Carvalho (28/04/1964), Sebastião Augusto de Souza Nery (28/04/1964), Wilton Valença da Silva (19/10/1966), Hamilton Saback Cohim (13/03/1969), Luiz da Silva Sampaio (01/07/1969), Marcelo Ferreira Duarte Guimarães (13/03/1969), Osório Cardoso Villas Boas (01/07/1969), Aristeu Nogueira (19/10/1964), Luiz Leal (01/07/1969), Octávio Rolim (1964), Oldack Neves (março de 1969) e Padre Palmeira (1964).

“Considero que foi um ato nobre da Assembleia Legislativa da Bahia, com a presidência do deputado Marcelo Nilo. O deputado Marcelino Galo foi quem pensou nisso. O ato foi muito bonito. Inclusive hoje no plenário tinha muitos jovens de escolas de Salvador. É lógico que essa devolução abranda a dor de todos os familiares – porque muitos já não estão entre nós – e da própria pessoa que foi violentada por um ato ilegítimo, na medida em que o governo militar não foi um governo da democracia, não foi eleito pelo povo, foi um governo que rasgou a lei, a Constituição e cassou o presidente João Goulart, que foi eleito pela maioria do povo brasileiro”, comenta. Jaques Wagner lembra que “faz 29 anos que retornamos à democracia, depois do movimento militar de 1964. Mas essa juventude que, felizmente, já nasceu sob a democracia, precisa saber também e se preparar, porque eles serão os futuros dirigentes da Nação. Precisam saber que essa flor da democracia é a mais importante de tudo, porque sem democracia nós não temos nada”.

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