A Acelen Renováveis em parceria com a Universidade Estadual de Montes Claros (Unimontes) alcançou um avanço histórico no cultivo da macaúba, desenvolvendo um protocolo que eleva as taxas de germinação para 70% – um salto significativo em relação aos 3-5% registrados na natureza. A nova técnica elimina a necessidade de escarificação e do corte cirúrgico no opérculo, etapas críticas que limitavam a produção em larga escala. Essa inovação simplifica o processo produtivo e reduz a zero os índices de contaminação.
“Essa conquista é fruto da junção essencial entre ciência e tecnologia”, afirma Victor Barra, diretor de Agronegócios da Acelen Renováveis.
A Dra. Maria das Dores Magalhães Veloso, pró-reitora de pesquisa da Unimontes, disse que o avanço representa “uma importante contribuição para o desenvolvimento regional com repercussão global”. O protocolo foi apresentado durante o Acelen Summit em setembro, perante 300 participantes.
A tecnologia será aplicada no Acelen Agripark em Montes Claros, centro de inovação com 138 hectares que conecta pesquisa e produção. A macaúba, planta com produtividade 7 a 10 vezes superior à soja em óleo por hectare, é fundamental para o projeto de biocombustíveis da empresa, que prevê investimentos de US$ 3 bilhões em uma biorrefinaria na Bahia.
O projeto tem potencial para produzir 1 bilhão de litros anuais de biocombustíveis, reduzindo em 80% as emissões de CO₂ em comparação com combustíveis fósseis. A iniciativa deve gerar 85 mil empregos com previsão de injetar US$ 40 bilhões na economia brasileira.