Sesab tem previsão de atender o pedido da mãe na próxima terça-feira
Simone Almeida, moradora da zona rural de Feira de Santana, teve seu pedido de uma ambulância UTI móvel para transportar sua filha, uma criança de apenas 3 anos que tem sérias complicações de saúde, negado pela secretaria Estadual da Saúde.
A criança Ágatha Vitória, sofre de asfixia perinatal, quando o bebê fica sem oxigenação no momento do parto. A criança vive acamada e faz uso de ventilação mecânica, procedimento médico que ajuda ou substitui a respiração espontânea do paciente. A garotinha conta com Home Care, uma espécie de tratamento domiciliar, e tem suporte de enfermeiros 24h, porém, precisa passar regularmente por consultas no Hospital Estadual da Criança (HEC).
Segundo o site Acorda Cidade de Feira de Santana, a mãe Simone há três anos solicita o transporte, mas ficou surpresa ao receber um “não” após pedir a ambulância da última vez, fazendo com que a pequena Ágatha perdesse uma consulta, no último dia 26, com um pneumologista.
“Todo mês ela tem consulta no HEC, eu mando uma guia branca para o Home Care e eles solicitam uma UTI móvel. Da última vez, em menos de 24h, eles falaram que a Sesab [Secretaria de Saúde do Estado da Bahia] não liberou a ambulância porque a guia não é para pedir ambulância e sim para consulta. Há três anos eu uso essa mesma guia, como que agora não aceita? Eu temo perder as outras”, disse Simone.
“A gente tem que agradecer a Deus por tudo. Ela não pediu para vir ao mundo desse jeito, a gente tem que aceitar. É difícil, mas vou lutando e chamando por Deus. O meu medo maior é acontecer o pior, porque minha filha é uma paciente grave. Eu sei dos riscos que ela corre, eu já vi várias coisas acontecerem, então eu temo pela vida dela”, revelou Simone.
A mãe da pequena Ágatha revelou também que criança está há cerca de um mês com uma infecção no dispositivo de traqueostomia (TQT), procedimento cirúrgico no qual é feita uma abertura na garganta para levar o ar até os pulmões do paciente.
“Toda hora ela passa mal, já falei para o Home Care que ela precisa ser assistida, precisa ir para a emergência para ser avaliada e trocar a TQT, e ninguém até agora me deu uma resposta. Fui no HEC perguntar se atendia na emergência, eles disseram que sim, que a Agatha lá é porta aberta, que pode ir qualquer hora que atende e que faz a troca da TQT. Só que o Home Care insiste em dizer que não, que não atende. Agora eu não sei”.
A mãe também fez um apelo a reportagem do Acorda Cidade direcionada para às autoridades.
“Eu queria que eles dessem mais atenção a este caso. Porque quando se trata de saúde, o SUS é complicado. E a gente, mãe atípica, sofre muito com isso. Eu queria pedir o apoio de vocês, autoridades, para que possa dar um jeito nisso. Porque minha filha precisa ir para o hospital. Ela precisa ser atendida, precisa ir para a emergência trocar a TQT. Ela não pode ficar desse jeito. Ela já tomou antibiótico, continua tendo queda de saturação. Isso para ela é grave”, desabafou Simone.
Simone informou para redação do Acorda Cidade que foi informada pela Sesab que a menina tem previsão de ser levada ao HEC na próxima terça-feira (11).
A redação do Notícias da Bahia também entrou em contato para saber se a tinha uma data definitiva para conduzir a criança até o médico.