Ednaldo Rodrigues foi novamente afastado da presidência da Confederação Brasileira de Futebol (CBF) por decisão da Justiça do Rio de Janeiro. O desembargador Gabriel Zefiro determinou a nulidade do acordo que validava sua eleição, citando indícios de incapacidade mental e possível falsificação de assinatura de um dos signatários, o ex-dirigente Coronel Nunes.
Com a decisão, quem assume interinamente o comando da CBF é o vice-presidente Fernando Sarney, que terá a responsabilidade de convocar novas eleições. Sarney já havia protocolado ações judiciais questionando a permanência de Ednaldo no cargo.
A nova crise tem como foco a legalidade do acordo firmado em janeiro deste ano para encerrar questionamentos sobre a eleição de Ednaldo, realizada em 2022. A dúvida gira em torno da validade da assinatura de Coronel Nunes, cuja saúde mental estaria comprometida, segundo o magistrado.
“A robustez dos indícios trazidos aos autos leva à inarredável conclusão acerca de um fato, até mesmo óbvio: há muito o Coronel Nunes não tem condições de expressar de forma consciente sua vontade. Seus atos são guiados. Não emanam da sua vontade livre e consciente”, escreveu o desembargador Zefiro.
Apesar de ter obtido um novo mandato, Ednaldo vinha enfrentando crescente oposição interna. O ambiente político se deteriorou nas últimas semanas com o vazamento de documentos e articulações nos bastidores da entidade.
Ednaldo Rodrigues está atualmente no Paraguai, onde participou mais cedo do Congresso da Fifa. A CBF ainda não se pronunciou oficialmente sobre a decisão.
Foto: Rafael Ribeiro/ CBF