O escritor e ex-coordenador da Coordenação de Recursos Especiais (Core) Douglas Pithon se manifestou sobre a megaoperação das Polícias Civil e Militar, considerada a mais letal já ocorrida no Rio de Janeiro, que vitimou quatro policiais.
O que nós assistimos hoje estarrecidos acontecer no Rio de Janeiro é sobretudo uma guerra de homens bons, heróis anônimos, contra homens maus, terroristas, intitulados de vítimas da sociedade. E essa guerra nos lançou uma flecha irreversível que nos atingiu de uma maneira brutal e indelével. Tirou quatro dos nossos heróis”, afirmou.
O investigador relatou que dois dos policiais mortos era pessoas do seu convívio. “Dois deles, policiais militares, eram meus amigos e eu posso chamá-los de irmãos e as suas famílias hoje choram enlutadas e as suas esposas nunca mais terão um abraço apertado. E os seus filhos muito possivelmente vão esperar por uma vida inteira para o reencontro”, continuou.
Pithon critica a falta de ação do Estado diante da violência crescente no Rio.
Enquanto esse sangue escorre, a guerra continua. As leis arcaicas e lenientes, o vácuo do Estado permitindo um avanço sistemático desses organismos criminosos e nós precisamos lutar com coragem, com altivez, com aquilo que nós temos de mais forte dentro do nosso coração”, acrescentou.
“Essa guerra é uma guerra sem trégua. E aqueles que não entendem o que está acontecendo ao seu redor devem agradecer todos os dias por esses homens que estão dispostos a sangrar por você enquanto dormes em sua casa”, finalizou.