Igor Reis
Acessibilidade
“O público encontrará um espaço de identidade e de orgulho de origem”. É essa a expectativa que Marina Bitu, designer de moda cearense, afirma ter sobre o próximo grande passo de sua carreira: no dia 25 de outubro, a marca inaugura sua primeira loja física. Localizado em Pinheiros, um dos principais polos criativos de São Paulo, o espaço será o ponto de venda de parte dos produtos apresentados no desfile da marca na SPFW, que acontece na próxima quinta-feira (16).
Em conversa com a Forbes, Marina disse que, na nova loja, espera que o público encontre um espaço de identidade e orgulho de origem. “A loja foi pensada como um lugar de troca — onde nascerão encontros, conversas apaixonadas sobre criar, fazer moda e celebrar nossas raízes. É um ambiente carregado de vontade: um sonho que envolve colaboradores, parceiros, amigos e família. Mais do que roupas, o público verá um pedacinho de todos nós. Um pouco de tudo e de todos”, afirma.
A marca nasceu em 2017, da parceria entre Bitu e Cecília Baima, CEO e cofounder. Para Cecília, a loja surge como uma extensão natural de um caminho que sempre foi construído com propósito. Ela diz que, “mais do que um ponto de venda, queremos que a loja seja uma presença sensorial. Um convite para conhecer a marca com o tempo que ela merece, mergulhar na atmosfera que nos move e compreender que cada peça nasce de uma história e de um ritmo próprio”.
O handmade cearense
Desde seu início, a marca investe em relações contínuas com comunidades artesãs do Ceará e de outros estados do Nordeste. Rendeiras, ceramistas, mestres do couro e da palha não apenas produzem, mas também participam ativamente da concepção das peças. “Estar perto das artesãs é conviver com outras gerações, com mulheres experientes e suas histórias. O artesanato é o design conectado à natureza, ao território, à cultura e às relações humanas de um lugar. Nem toda troca profissional permite vivenciar tantos afetos e camadas de sentido”, ressalta Marina.
E Cecília completa: “trouxemos matérias-primas naturais, como as palhas vindas diretamente do nordeste, texturas orgânicas e elementos que remetem ao território. Essa combinação reflete o nosso desejo de unir o regional ao global: valorizar a raiz sem perder o olhar para o mundo. Ao mesmo tempo, nosso crescimento só faz sentido se ele for compartilhado e se mantiver vivo o propósito que nos trouxe até aqui”.