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Novo ministro das Comunicações, Pedro Lucas direcionou R$ 30 milhões a cidade governada por seu pai

Indicado para assumir o Ministério das Comunicações, o deputado federal Pedro Lucas Fernandes (União-MA) direcionou R$ 30,2 milhões em emendas parlamentares para Arame (MA), município de 25,5 mil habitantes governado por seu pai, Pedro Fernandes (União).

Os recursos, indicados desde 2020, foram destinados principalmente a obras de pavimentação e executados pelos ministérios da Integração e do Desenvolvimento Regional, e das Cidades. Pedro Fernandes comanda a prefeitura de Arame desde 2021 e também foi deputado federal pelo Maranhão.

A nomeação de Pedro Lucas para o ministério deve ocorrer após a Páscoa, segundo afirmou a ministra da Secretaria de Relações Institucionais, Gleisi Hoffmann. Ele ocupará o cargo deixado por Juscelino Filho (União), afastado após ser denunciado por corrupção pela Procuradoria-Geral da República (PGR).

Orçamento secreto e emendas

Pedro Lucas foi um dos principais beneficiários do chamado orçamento secreto durante o governo Jair Bolsonaro (PL). Entre 2020 e 2022, o parlamentar direcionou R$ 104,7 milhões ao Maranhão por meio de emendas de relator — instrumento posteriormente considerado inconstitucional pelo Supremo Tribunal Federal (STF) devido à falta de transparência.

Somente Arame recebeu R$ 5,7 milhões via emendas de relator. Além disso, o município foi contemplado com R$ 20 milhões entre 2023 e 2024 por meio de emendas de comissão e outros R$ 4,5 milhões em emendas individuais obrigatórias, totalizando R$ 30,2 milhões.

As emendas de comissão, usadas de forma semelhante às de relator, também foram alvo de questionamentos do STF, que determinou sua suspensão e exigiu mais transparência na sua execução.

Trajetória política

Pedro Lucas, de 45 anos, está no segundo mandato como deputado federal. Foi vereador em São Luís e presidiu a Agência Executiva Metropolitana (Agem) do Maranhão, por indicação do então governador Flávio Dino. Em 2022, foi reeleito com 159,7 mil votos — a segunda maior votação do estado e 43% a mais do que em 2018.

A indicação ao ministério tem o apoio do presidente do União Brasil, Antônio Rueda, e do presidente do Senado, Davi Alcolumbre (União-AP). Seu nome já era considerado certo caso Juscelino Filho deixasse o cargo.

Procurado pelo UOL desde a manhã de ontem (10), Pedro Lucas não respondeu até a publicação desta matéria. O espaço segue aberto para manifestações.

 

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