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Quer “pegar uma cor”? Saiba os cuidados necessários durante o bronzeamento artificial

Com a chegada do verão, a busca por métodos que proporcionem uma pele bronzeada cresce de forma exponencial. No entanto, o bronzeamento artificial continua sendo uma prática que contém riscos à saúde, sendo amplamente condenada por especialistas. 

Ao projeto BNews Summer, a médica Marilu Tiúba, dermatologista do Hospital Mater Dei Salvador, alerta para os graves riscos que essa prática pode oferecer à saúde da pele, sobretudo a longo prazo.  

“O bronzeamento artificial é um assunto que nós, médicos dermatologistas, temos o importante papel de alertar e informar à população sobre os seus riscos à saúde da pele, principalmente a longo prazo”, afirma a médica.  

Proibidas no Brasil pela Anvisa desde 2009, as câmaras de bronzeamento artificial ainda são oferecidas clandestinamente em algumas localidades. Essa prática, além de ilegal, expõe os usuários a elevados níveis de radiação ultravioleta A (UVA), responsáveis por danos profundos à pele.  

Segundo Marilu, “o bronzeamento artificial oferece um alto risco para o desenvolvimento do câncer de pele. Estudos indicam que a exposição às câmaras de bronzeamento aumenta o risco de melanoma, o tipo mais agressivo de câncer de pele, em até 75% quando a exposição ocorre antes dos 35 anos.”

Além do melanoma, o uso dessas câmaras eleva significativamente as chances de carcinoma basocelular e carcinoma espinocelular, outros tipos graves de câncer de pele.  

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Os danos não param por aí. A radiação UV emitida pelas lâmpadas pode causar envelhecimento precoce da pele, resultando em rugas, manchas, flacidez e perda de elasticidade. Danos oculares, como fotoceratite e problemas na retina, também são riscos potenciais quando não há proteção adequada durante a exposição.  

“A radiação UV também enfraquece a resposta imunológica, aumentando a suscetibilidade a infecções e outros danos”, destaca a dermatologista.  

Existe alternativa segura? 

Para quem não quer abrir mão do visual bronzeado, a solução mais segura é o uso de autobronzeadores. “Nossa cultura infelizmente estimula o ‘bronze’, mas para as pessoas que não querem abrir mão disso, a solução é o uso de autobronzeadores”, sugere Marilu.  

Esses produtos promovem uma reação com as proteínas da pele, resultando em uma pigmentação temporária que imita o bronzeado natural, sem a necessidade de exposição à radiação UV.  

A especialista reforça a importância de escolher produtos de marcas conhecidas e, de preferência, indicados por dermatologistas. Para evitar reações alérgicas ou irritações, é essencial testar o produto em uma pequena área da pele antes do uso e garantir que a pele esteja hidratada.  

Efeitos a longo prazo

Enquanto o bronzeamento artificial está associado a danos cumulativos, como aumento do risco de câncer de pele, manchas e envelhecimento precoce, os autobronzeadores não apresentam malefícios a longo prazo. “O uso de autobronzeadores pode ser realizado inclusive por pessoas com histórico de câncer de pele, já que eles não causam danos ao DNA celular”, esclarece a médica.   

A busca por uma estética bronzeada deve sempre ser equilibrada com cuidados com a saúde. “Lembrem-se: é sempre melhor priorizar a segurança e a saúde em relação à estética”, conclui a dermatologista Marilu Tiúba.  

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