Ministros do Supremo Tribunal Federal (STF) cogitam determinar uma prisão preventiva contra Jair Bolsonaro (PL) após o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, ter anunciado a aplicação de 50% sobre produtos brasileiros como uma retaliação ao processo contra o ex-presidente brasileiro por liderar a trama golpista. As informações são do jornal Folha de São Paulo.
De acordo com a publicação, membros do STF defendem que a decisão de Trump deve ser encarada como “um movimento de coação sobre o tribunal”. Para dois ministros da Suprema Corte brasileira entendem que a tentativa de obstrução do processo é razão suficiente para que uma prisão preventiva fosse decretada.
O assunto foi discutido no STF nos últimos dias. Porém, os integrantes da Corte entenderam que a melhor saída seria aplicar uma medida alternativa. A avaliação é que uma prisão antes de uma condenação definitiva poderia provocar divergências entre os ministros e expor uma divisão no tribunal, em um momento em que membros da Suprema Corte brasileira tentam construir uma resposta unificada aos ataques de Donald Trump.
Nesta sexta-feira (18), o governo americano anunciou que vai revogar os vistos de Moraes e de outros sete ministros do STF. Apenas André Mendonça, Luiz Fux e Nunes Marques não devem ter os vistos revogados
Um ministro revelou que uma ordem de prisão a Bolsonaro seria aprovada com alguma folga pela Primeira Turma do STF, mas que a votação seria mais estreita do que a confirmação do uso da tornozeleira eletrônica.
Além da unidade do STF, tentaram evitar a vitimização de Bolsonaro. Um ministro avalia que aliados do ex-presidente poderiam insistir na narrativa que ele é alvo de perseguição do Judiciário.