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As Cidades Mais Baratas e Mais Caras do Mundo

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Vista do centro histórico da cidade de Luxemburgo

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Luxemburgo foi classificada como a cidade mais habitável do mundo no relatório anual Mapping the World’s Prices – 2025, que ranqueia as cidades mais baratas e mais caras, elaborado pelo Instituto de Pesquisa do Deutsche Bank. O estudo avalia indicadores globais de custo e qualidade de vida.

Na sua nona edição, o relatório recém-divulgado acompanha o custo de vida em 69 cidades relevantes para os mercados financeiros – de Abu Dhabi a Zurique – considerando desde aluguel até itens e serviços como celulares, café, cerveja, táxi, ingressos de cinema, calças jeans, entre outros.

“Temos uma surpresa no primeiro lugar do ranking de qualidade de vida”, indica o relatório. “Uma dica é que este país está 90 posições abaixo no ranking de futebol da FIFA.”

Com altos salários, transporte público gratuito e boa qualidade de vida, a capital do Grão-Ducado de Luxemburgo superou cidades mais ricas como Zurique e Genebra.

“A análise do índice de qualidade de vida mostra que Luxemburgo tem bom desempenho em poder de compra (6º lugar), tempo de deslocamento (5º) e níveis de poluição (4º)”, segundo o portal RTL Today. “Serviços básicos não estão entre os mais caros do mundo, o que sugere que os custos mensais com itens essenciais como energia e água seguem relativamente moderados.”

Ainda segundo o relatório, os pagamentos de hipoteca em Luxemburgo são relativamente baixos em relação à renda familiar, o que coloca a cidade ao lado de outras consideradas mais acessíveis, como Bruxelas e Chicago. “Isso pode surpreender muitos moradores”, afirma a publicação. “No início do mês, a edição de junho do Politmonitor confirmou que a habitação continua sendo a principal preocupação dos eleitores de Luxemburgo.”

As cinco cidades com melhor qualidade de vida

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Vista panorâmica do porto de Nyhavn, em Copenhague

Após Luxemburgo, as cinco cidades com melhor qualidade de vida são Copenhague, Amsterdã, Viena e Helsinque. Com o aumento do custo de vida, Zurique e Genebra saíram do top 5.

Junto de Genebra, Zurique, São Francisco e Boston, Luxemburgo também aparece entre as cidades com maiores salários após os impostos: US$ 6.156 (R$ 36,9 mil), um aumento de 39% nos últimos cinco anos. É também uma das cidades com melhor desempenho em qualidade de vida, ao lado de Copenhague e Amsterdã.

Desde o ano 2000, o poder de compra em Luxemburgo cresceu significativamente, subindo 14 posições no ranking global. Sua taxa média de inflação desde 1971, de 3,4%, está entre as mais baixas do mundo.

Outros centros financeiros como Tóquio (26º lugar), Paris (44º), Hong Kong (48º) e Londres e Nova York (empatadas em 50º) tiveram pontuação inferior em qualidade de vida, devido aos altos preços dos imóveis, longos deslocamentos e altos níveis de poluição.

Algumas surpresas no ranking

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Pessoas e carros aceleram na Times Square em Nova York

O estudo também revela uma surpresa: cidades dos Estados Unidos que “raramente apareciam entre as 10 mais caras ou com melhores salários no mundo agora disputam posições com Genebra e Zurique em vários rankings”.

As cidades suíças sempre estiveram entre as mais caras. O franco suíço é uma das moedas mais estáveis do mundo, e o país tem uma das menores taxas de inflação nas últimas décadas. Além disso, é sede de setores com altos salários, como bancos, finanças e indústria farmacêutica.

“Viver em Nova York, Boston ou São Francisco está ficando quase tão caro quanto em Genebra ou Zurique”, diz o título de uma reportagem da Business Insider sobre o relatório.

“Quando lançamos este relatório em 2012, as cidades dos EUA eram relativamente baratas em comparação com outras economias desenvolvidas, com preços e salários geralmente fora do top 10 global”, explicou Jim Reid, diretor de pesquisa macroeconômica global do banco e autor do estudo.

Nova York é atualmente o lugar mais caro do mundo para viver no centro da cidade, com o aluguel de um apartamento de três quartos custando em média US$ 8,5 mil (R$ 51 mil) por mês em 2025. Outras cidades norte-americanas que estão entre as 11 com aluguéis e preços de mercado mais altos são Boston, São Francisco, Chicago e Los Angeles.

Entre os fatores apontados no relatório para essa alta estão o fortalecimento do dólar, o desempenho de Wall Street e a expansão do setor de tecnologia, que continua sob liderança dos Estados Unidos. Ainda assim, o relatório adverte que essa tendência pode estar perto do seu pico “ao menos em termos de preços”.

Outra surpresa é o fato de que a Índia, mesmo com seu rápido crescimento, continua sendo um dos países mais baratos do mundo em comparação com seus pares internacionais. O estudo prevê que o país se consolidará como a terceira maior economia do mundo até o final da década.

Indicadores mais leves

O relatório Mapping the World Prices também traz indicadores mais leves, usando o custo de indulgências do dia a dia como referência – como o preço de um cappuccino, mais alto em Zurique, e o de uma taça de vinho, mais caro em Singapura.

O lugar mais barato para comprar um iPhone novo? Seul, na Coreia do Sul. A melhor cidade para um encontro barato? Bangalore, na Índia.

Luxemburgo, no entanto, não se destaca em todos os critérios: é o terceiro lugar mais caro do mundo para uma corrida de táxi de cinco quilômetros, atrás apenas de Zurique e Paris.

Mudanças de longo prazo por país

Analisando mudanças de longo prazo nos níveis relativos de preços entre as economias, o relatório aponta que, no ano 2000, os Estados Unidos estavam em segundo lugar, atrás apenas do Japão, em paridade de poder de compra (PPC). Desde então, o Japão caiu 23 posições, reflexo dos excessos que atingiram seu ápice nos anos 1990.

Enquanto isso, outros países subiram de forma expressiva no ranking: Nova Zelândia (+20), Luxemburgo (+14), Austrália (+14), Arábia Saudita (+12), República Tcheca (+11) e Emirados Árabes Unidos (+11).

Os Estados Unidos caíram 16 posições entre 2000 e 2010, mas recuperaram-se, chegando ao 3º lugar no início de 2025, atrás apenas da Suíça e de Israel.

O relatório completo do Instituto de Pesquisa do Deutsche Bank, Mapping the World’s Prices, com comentários e gráficos sobre as cidades mais baratas e mais caras do mundo, está disponível neste link.

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