A aeronave que caiu em Gramado, no Rio Grande do Sul, neste domingo (22), não possuía caixa-preta. A informação foi divulgada pela Polícia Civil do estado e confirmada pela CNN. Conforme foi relatado, a aeronave modelo Piper PA-42-1000 Cheyenne 400 não tinha a obrigatoriedade de possuir o gravador, tornando a ausência do equipamento um obstáculo para investigar as causas do acidente.
Composta por gravadores de dados e áudio do voo, a caixa-preta é uma caixa feita de liga de titânio com isolamento térmico, sendo crucial para entender, a partir dos diálogos entre os pilotos, o que pode ter motivado determinados acidentes.
Segundo a Força Aérea Brasileira (FAB), os principais gravadores são o CVR (Cockpit Voice Recorder) e o FDR (Flight Data Recorder). O CVR, ou gravador de voz da cabine, registra o áudio no cockpit durante o voo, gravando as comunicações do piloto com o controle de tráfego, do copiloto, da cabine de passageiros, dos comissários e do ambiente geral na cabine de pilotagem. Já o FDR grava os dados do voo e registra informações dos sistemas da aeronave, incluindo o trajeto e possíveis falhas mecânicas.
A queda do avião resultou na morte de 10 pessoas, entre elas o empresário Luiz Cláudio Galeazzi, que era proprietário e piloto da aeronave. Também faleceram no acidente sua esposa, Tatiana Natucci Niro; as filhas do casal, Maria Eduarda, Maria Elena e Maria Antonia; Lilian Natucci, sogra do empresário; além dos cunhados Veridiana Natucci Niro, irmã de Tatiana, o marido Bruno Araújo e os filhos do casal, Matteo e Giulia.
