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Estudantes de Candiba criam bala de romã para aliviar sintomas da gripe

A respiração pode se tornar um desafio quando vírus e bactérias entram em cena. Doenças respiratórias fazem parte do dia a dia da população e podem variar de quadros leves a graves, manifestando sintomas como febre, dor muscular e inflamação na garganta. Apenas nos três primeiros meses de 2025, a Fiocruz registrou 21.498 casos de Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG), evidenciando a preocupação com essas enfermidades. Diante deste cenário, três estudantes do Colégio Estadual de Tempo Integral Antônio Batista, em Candiba (BA), decidiram buscar uma solução inovadora. Ana Clara Guimarães, Lavínia Viana e Erica Rayssa Junqueira, sob a orientação do professor Daniel Rocha e coorientação da professora Solimara Mendes, desenvolveram uma bala à base de romã, com propriedades anti-inflamatórias e antioxidantes, para aliviar sintomas gripais.

Segundo a jovem pesquisadora, Ana Clara, a ideia surgiu durante um surto de gripe na cidade. “O que nos motivou foi a alta de casos na época. O hospital estava lotado com atendimentos de infecções virais e alergias na garganta. Para ajudar, decidimos criar algo que pudesse aliviar os sintomas, usando uma receita caseira que vem sendo passada por gerações em nossas famílias”, explica.

As cientistas destacam que, além da romã, a bala contém outros ingredientes com ação antibacteriana e anti-inflamatória. “As cascas de romã são ricas em flavonoides e taninos, que formam a base antioxidante do produto. Já a ação antibacteriana é potencializada por ingredientes complementares, como limão, suas cascas, e mel”, afirma Lavínia.

O projeto, apoiado pela Secretaria da Educação do Estado da Bahia (SEC), passou por diversas etapas de testes laboratoriais. “A bala foi analisada em placas de Petri com meio de ágar, ferramenta utilizada para cultivar e estudar microrganismos. Realizamos testes para avaliar tanto a ação anti-inflamatória quanto a antibacteriana. Após os testes laboratoriais, o produto foi aplicado em pessoas com gripe e tosse seca, além de um teste específico para amigdalite. Os resultados foram positivos: os casos de gripe e tosse apresentaram melhora em cinco dias, enquanto o de amigdalite teve melhora em sete dias”, revela Erica.

A iniciativa das jovens estudantes demonstra como a ciência e o conhecimento podem ser aliados na busca por soluções acessíveis para problemas de saúde recorrentes. Com um produto natural e de fácil produção, as jovens buscam contribuir para o alívio dos sintomas gripais e incentivar o uso de alternativas caseiras baseadas em evidências científicas.

 

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