O Governo da Bahia reuniu, nesta quarta-feira (5), representantes do Sistema de Justiça para tratar da operação policial ocorrida no bairro de Fazenda Coutos, em Salvador. O encontro, coordenado pela Secretaria de Justiça e Direitos Humanos (SJDH), teve como objetivo garantir transparência nas ações adotadas pelos órgãos de segurança e assegurar o cumprimento dos procedimentos de apuração e fiscalização do caso.
Alinhamento das investigações
A reunião contou com a participação dos secretários Felipe Freitas (SJDH) e Marcelo Werner (Segurança Pública), além do procurador-geral de Justiça da Bahia, Pedro Maia, da defensora pública geral, Camila Canário, do juiz Antônio Faiçal, representando o Grupo de Monitoramento e Fiscalização do Sistema Carcerário e Socioeducativo do TJ-BA (GMF/TJBA), do comandante-geral da Polícia Militar, coronel Paulo Coutinho, e da delegada-geral da Polícia Civil, Heloísa Brito, entre outras autoridades.
A Polícia Civil apresentou as primeiras medidas adotadas na investigação, incluindo a coleta de depoimentos, análise de imagens de câmeras de segurança e outras diligências realizadas com o suporte do Departamento de Polícia Técnica (DPT), responsável pela perícia no local da ocorrência.
A Polícia Militar informou que instaurou uma investigação interna por meio de sua Corregedoria, enquanto a Secretaria de Segurança Pública (SSP) acompanha o caso através de sua Corregedoria Geral.
O Ministério Público da Bahia (MP-BA) anunciou que atuará no acompanhamento das investigações por meio do Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco) e do Grupo de Atuação Especial Operacional de Segurança Pública (Geosp), sob a supervisão do procurador-geral Pedro Maia.
Transparência e segurança
As instituições reafirmaram o compromisso com a total transparência na apuração do ocorrido e o apoio à continuidade das ações policiais na região, garantindo a segurança e o restabelecimento da normalidade em Fazenda Coutos.
O secretário de Justiça e Direitos Humanos, Felipe Freitas, destacou a necessidade de garantir o acesso dos órgãos de controle às investigações:
“É dever das instituições de Estado assegurarem máxima transparência em suas ações, especialmente em casos que envolvem mortes. O Governo do Estado colaborará para que o Ministério Público, responsável pelo controle externo da atividade policial, tenha pleno acesso aos dados da ocorrência. Além disso, o Poder Judiciário e os órgãos de correição da própria Polícia Militar devem se manifestar tecnicamente sobre o processo. É preciso aguardar o desfecho das investigações”, afirmou.