Uma professora diagnosticada com câncer no reto relatou ter sido vítima de um golpe após buscar na Justiça a autorização para uma cirurgia pelo plano de saúde. Moradora de Praia Grande, no litoral de São Paulo, Ana Rosaria Medeiros contou que perdeu R$ 14.950 para um homem que se passou por seu advogado. As informações são do g1.
Ana já havia feito tratamento contra o câncer em 2022, mas a doença retornou. Com isso, os médicos recomendaram uma cirurgia robótica no valor de R$ 20 mil, negada pelo plano de saúde. Seu advogado, Victor Borges Garcia Gouveia, entrou com uma ação indenizatória em abril, mas um suspeito se aproveitou do caso e teria roubado o dinheiro.
Com a foto do advogado, o criminoso enviou fotos para a professora, afirmando falsamente que ela havia ganhado a causa e solicitando o depósito do valor. O homem pediu para que Ana retirasse R$ 14.950 do cheque especial no recomendaram uma cirurgia robótica no valor de R$ 20 mil, negada pelo plano de saúde. Seu advogado, Victor Borges Garcia Gouveia, entrou com uma ação indenizatória em abril,
Ao questionar para onde iria o valor, o golpista tranquilizou a vítima. “Ele falou assim: ‘Está no seu nome’. E realmente apareceu meu nome completo [na hora de fazer a transferência]. Eu pensei: ‘Já que é para mim, tudo bem. E mandei'”, afirmou.
O dinheiro, no entanto, foi enviado para uma conta na instituição Qesh com o nome dela, que ela nunca tinha feito. Nesse momento, a professora percebeu que havia caído em um golpe. “Agora eu tenho R$ 27 mil da cirurgia para pagar, mais R$ 15 mil do rombo”, lamentou.
O verdadeiro advogado, Victor Borges Garcia Gouveia disse que recebeu a notícia sobre o golpe com surpresa, pois isso nunca havia ocorrido com outro cliente dele, e negou que teve o WhatsApp clonado.
“Eles conseguem as informações porque os processos são públicos. Várias pessoas têm acesso a isso. […] Porque exatamente a lei fala que todo processo é público. Então, é muito fácil ter acesso”, explicou.
De acordo com a Secretaria de Segurança Pública de São Paulo (SSP-SP), o caso foi registrado por meio da Delegacia Eletrônica e encaminhado ao 2° Distrito Policial de Praia Grande.