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Oposição cobra investigação sobre sociedade de Bruno Reis com empresário alvo da PF

A bancada de oposição na Câmara Municipal de Salvador classificou como “gravíssima” a denúncia revelada pela Folha de S.Paulo nesta segunda-feira (14), que aponta a sociedade do prefeito Bruno Reis (União Brasil) com o empresário Samuel Silva Franco, conhecido como Samuca, investigado pela Polícia Federal na Operação Overclean.

A líder da oposição, vereadora Aladilce Souza (PCdoB), defendeu a instalação imediata de uma Comissão Especial de Inquérito (CEI) na Câmara para apurar a possível ligação da administração municipal com os fatos investigados. “É inadmissível que o Legislativo ignore a gravidade da situação. Temos o dever de fiscalizar”, afirmou.

Segundo a Folha, Bruno Reis é sócio de Samuca desde 2022 na SPE Vento Sul Empreendimentos Imobiliários Ltda, por meio da empresa BB Patrimonial, na qual Reis divide sociedade com os filhos. O empresário foi alvo de mandado de busca e apreensão na terceira fase da Operação Overclean, que apura desvios de verbas públicas, corrupção e lavagem de dinheiro envolvendo recursos de emendas parlamentares.

Vínculos políticos e empresariais

A oposição também apontou que a operação envolve figuras próximas ao ex-prefeito ACM Neto (União Brasil) e outros integrantes do partido. Entre os citados está José Marcos Moura, conhecido como “Rei do Lixo”, acusado de liderar um esquema que teria movimentado R$ 1,4 bilhão em contratos fraudulentos, inclusive em Salvador, com empresas de limpeza urbana.

Os vereadores esperam apoio de parlamentares independentes e da base do prefeito para instalar a CEI. “É fundamental garantir transparência e esclarecer qualquer dúvida sobre o uso de recursos públicos na capital”, defenderam.

Resposta do prefeito

Em nota enviada à Folha, o prefeito Bruno Reis afirmou que a sociedade com Samuca diz respeito a um investimento privado no setor imobiliário em Ilhéus (BA), sem qualquer vínculo com o poder público. Segundo ele, a área foi adquirida por R$ 600 mil, com dez sócios, sendo que a BB Patrimonial detém 10% do capital.

 

Foto: Victor Queirós/CMS

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