A Polícia Civil do Rio de Janeiro divulgou o perfil das vítimas da Operação Contenção, realizada na última terça-feira (28). A ação policial ocorreu no Complexo do Alemão e da Penha. Segundo a corporação, a maioria dos mortos tinha ligação com o Comando Vermelho. A Ouvidoria da Defensoria Pública foi responsável pelo relatório.
De acordo com a nota oficial, mais de 95% dos identificados eram do crime organizado. Além disso, 54% das pessoas eram de fora do estado. A polícia afirmou que 97 mortos tinham históricos criminais relevantes. Posteriormente, o comunicado admitiu que 17 não possuíam antecedentes. No entanto, investigações apontaram indícios em redes sociais para 12 deles.
O principal alvo, Edgar Alves de Andrade, o “Doca”, segue em liberdade. Ele é apontado como líder do Comando Vermelho no Rio. Enquanto isso, a Ordem dos Advogados do Rio criou um observatório. O objetivo é acompanhar a apuração sobre a conduta policial durante a operação.
O ministro Alexandre de Moraes, do STF, tem reuniões agendadas sobre o caso. Ele se encontrará com o governador Cláudio Castro e sua equipe. O tema central desses encontros será a segurança pública no estado. A operação, que resultou em 117 mortes, continua sob intenso escrutínio.
Veja a programação de reuniões do ministro:
Governador do Estado do Rio de Janeiro, juntamente com o Secretário de Segurança Pública do Estado, o Comandante da Polícia Militar, o Delegado-Geral da Polícia Civil e o Diretor da Superintendência-Geral de Polícia Técnico Científica, às 11h00;
Presidente do Tribunal de Justiça do Estado do Rio de Janeiro às 13h30; Procurador-Geral de Justiça do Estado do Rio de Janeiro às 15h00
Defensor Público Geral do Estado do Rio de Janeiro às 16h30.
Prefeito do Rio, Eduardo Paes às 18h.
Ontem, Alexandre de Moraes determinou a preservação “rigorosa e integral” dos elementos materiais relacionados à execução da Operação Contenção.
