As eleições para a presidência da Assembleia Legislativa da Bahia (Alba) estão se aproximando. Com a reeleição de Adolfo Menezes (PSD) bem encaminhada, o foco dos parlamentares passou ser uma vaga na Mesa Diretora da Casa.
O deputado Robinson Almeida (PT) defendeu que as vagas na Mesa devam seguir uma “proporcionalidade do tamanho das bancadas” e, por isso, a federação composta por PT, PCdoB e PV deferia assumir o cargo do primeiro vice-presidente.
“A eleição [para a presidência da Alba] é 1º de fevereiro, então no mês de janeiro é que as decisões devem ser afuniladas. Há uma convergência que o presidente Adolfo vá para mais um mandato, a sua reeleição, e isso me parece que é a única coisa que já está muito encaminhada”, disse o petista nesta sexta-feira (20), durante uma entrega feita de equipamentos feita pelo Jerônimo Rodrigues a Polícia Militar.
“Em relação aos outros cargos da Mesa, nós do PT defendemos a tese que seja a proporcionalidade do tamanho das bancadas. Quem tem a maior bancada escolhe os primeiros cargos e aí todos os partidos são representados na mesa diretora de acordo com o número de deputados que possui na casa. Por essa regra caberia a federação PT, PCdoB e PV escolher o cargo depois do presidente, que é o cargo do primeiro vice-presidente. É o que nós estamos pleiteando enquanto grupo e em janeiro nós vamos escolher um membro do PT para representar a federação nesse cargo de primeiro vice-presidente da Alba”, emendou.
Apesar de defender o seu partido no posto, Robinson descartou assumir a primeira vice-presidência da Alba e deve seguir na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) da Casa, cargo que assumiu após o afastamento da deputada Maria del Carmen (PT) por problema de saúde.
“Eu pretendo continuar o trabalho na Comissão de Constituição e Justiça que eu assumi recentemente depois do afastamento da deputada Maria del Carmen com o problema de saúde. Eu pretendo continuar nessa função”, disse.
Para os próximos dois anos, o grupo oposicionista passou por uma mudança na liderança. Alan Sanches (União Brasil) deixou o cargo para dar lugar a Tiago Correia (PSDB). Robinson Almeida, que integra a base governista, vê as mudanças na oposição como naturais. Para o petista, o seu correligionário Rosemberg Pinto deve seguir como líder da oposição.
“São ciclos. A oposição [a mudança] é anual. Todo ano muda. O ano retrasado foi Marcinho, esse ano foi Alan, agora está escolhido o Tiago. É a forma deles. A liderança do governo é uma escolha do governador. Entre todos deputados da base, ele escolhe quem é o líder”, disse Robinson, que não descarta uma mudança na liderança do grupo governista da Alba.
“Então, caso o deputado Rosenberg ocupe uma função na Mesa, certamente haveria uma vacância e aí a possibilidade de escolha de um novo líder. Então, vamos aguardar a sucessão na mesa diretora, porque ela pode também trazer como consequência uma mudança na liderança do governo”, disse.