O ministro da Casa Civil, Rui Costa, responsabilizou publicamente a Controladoria-Geral da União (CGU) por não ter atuado preventivamente no caso dos descontos indevidos em benefícios do INSS, o que gerou uma crise política para o governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva.
Em entrevista ao jornal O Globo, Rui Costa destacou que a CGU, sob comando de Vinicius de Carvalho, deveria ter alertado tanto a Casa Civil quanto o então ministro da Previdência, Carlos Lupi, sobre o problema ainda em 2023. Segundo ele, essa omissão contribuiu para que a situação se agravasse, afetando mais beneficiários e repercutindo negativamente na imagem do governo.
“O papel da Polícia Federal é apurar o crime. O da Controladoria é impedir o crime”, disse Costa. “A função de qualquer Controladoria é preventiva, e não corretiva ou punitiva.”
Para o ministro, a atuação tardia permitiu que o problema se prolongasse por quase dois anos, agravando os danos e alimentando o desgaste político enfrentado atualmente por Lula. “Se você atua em 2023, tinha diminuído a quantidade de pessoas [afetadas], e eu diria que não tinha impactado basicamente o nosso governo.”