O Santa Cruz assinou, na noite desta segunda-feira (13), a proposta vinculante pela compra da SAF do clube pelos empresários mineiros Vinícius Diniz e Márcio Cadar. Os dois foram a Recife para discutir os detalhes da operação com o presidente Bruno Rodrigues.
Uma vez firmada, a assinatura da vinculante gera obrigações e deveres tanto para o clube quanto para os compradores. Em termos gerais, isso significa que, caso o Tricolor decida não cumprir o contrato, deverá pagar uma multa; e vice-versa.
O negócio sugere a venda de 90% das ações do Santa Cruz, em até 15 anos, pelo valor de R$ 1 bilhão. O investimento deve ser direcionado para melhorias no estádio do Arruda e no CT, e os compradores devem assumir integralmente as dívidas do clube.
O próximo passo, depois de assinar a vinculante, é trocar todas as minutas de contrato. Depois, a proposta deve ser apresentada para apreciação no Conselho e Assembleia Geral de sócios.
A última parte poderia ser dispensada, já que o Santa Cruz mudou o estatuto em 2022, determinando que o presidente pudesse constituir a SAF da equipe da sozinha. Memso assim, Bruno Rodrigues que não abrirá mão da reunião.
Veja o comunicado oficial do Santa Cruz
O Santa Cruz Futebol Clube anuncia a assinatura da oferta vinculante para a venda de 90% da Sociedade Anônima do Futebol (SAF) da instituição para a Cobra Coral Participações S/A, que é gerida pelos empresários Marcio Cadar, sócio da REAG Investimentos, uma das maiores gestoras independentes do Brasil com mais de R$ 280 bilhões sob gestão, Vinicius Diniz, ex-gestor da Futbraz, empresa com vasta experiência em gestão profissional no futebol brasileiro, bem como por outros empresários atuantes no mercado financeiro. O valor envolvido na operação é de R$1 bilhão.
O clube aguarda a finalização da due diligence e dos trâmites burocráticos, como ajustes no plano de Recuperação Judicial e aprovação pela assembleia geral dos credores, para que atransição seja concluída e a gestão da SAF seja concretizada. O investimento prevê a modernização do Estádio José do Rego Maciel (Arruda), do Centro de Treinamento e da estrutura das categorias de base do clube, além de pavimentar o caminho para que o clube retome, de forma gradual, às principais divisões do Campeonato Brasileiro.
Entendemos que a saída do modelo associativo é a melhor solução para que o Santa Cruz consiga reescrever a sua história, de maneira saudável, responsável e pautada no profissionalismo. Temos uma torcida apaixonada, com mais de 4 milhões de torcedores em todo o país. Através da SAF, o Santa Cruz poderá reorganizar os débitos vigentes, o que permitirá a captação de novas receitas, montante que será investido em melhorias estruturais e no fortalecimento do clube. Para a torcida tricolor, queremos que esta data seja marcada pela retomada da esperança por um futuro melhor, em que a instituição voltará a ocupar o seu lugar de destaque no cenário esportivo nordestino e brasileiro.
Contamos com a força da torcida para atingir os nossos objetivos dentro de campo, que serão fundamentais para o trabalho que está por vir