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Começa a tramitar no Senado proposta que prevê eleições presidenciais diretas em outubro

Documento foi protocolado com 30 assinaturas, três além das 27 necessárias para uma emenda constitucional. Saiba mais!

20 de abril - 2016 às 09h24
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Com informações da Agência Brasil

Foi protocolada nesta terça-feira (19), no Senado, a Proposta de Emenda à Constituição (PEC) 20/2016, que prevê eleições diretas para presidente e vice-presidente da República no dia 2 de outubro deste ano, juntamente com as eleições municipais. A proposta foi apresentada pelos senadores Walter Pinheiro (sem partido-BA), João Capiberibe (PSB/AP), Randolfe Rodrigues (REDE-AP), Cristovam Buarque (PPS-DF), Lídice da Mata (PSB-BA) e Paulo Paim (PT-RS), e ganhou a adesão de outros 24 senadores de vários partidos políticos. O documento foi protocolado com 30 assinaturas, três além das 27 necessárias para uma emenda constitucional. O texto prevê mandato de dois anos, a partir de primeiro de janeiro de 2017, portanto uma eleição transitória. Na avaliação do senador Walter Pinheiro, os atuais presidente e vice-presidente não vão reunir condições para resolver a crise política e econômica. “Se o país está dividido, como muita gente diz, melhor ainda para usar a urna para dizer efetivamente o que a sociedade deseja neste momento para que o país possa retomar os rumos”.

Na justificativa da proposta, os senadores argumentam que “a Constituição estabelece, logo em seu primeiro artigo, que todo poder emana do povo. E é nos momentos de crise, quando o sistema político não consegue oferecer respostas aos desafios que se apresentam, que devemos, na maior medida possível, chamar ao centro decisório o povo, legítimo detentor do poder”. De acordo com os autores da proposta, a PEC não tem a pretensão de acabar com o processo de impeachment da presidenta Dilma Rousseff e seguiria paralelamente a ele. O processo chegou ontem (18) ao Senado, depois de ter sua admissibilidade aprovada domingo (17) na Câmara dos Deputados. Os senadores que encampam a proposta de nova eleição presidencial em outubro esperam que a população adira à ideia.

Pinheiro lembrou que a proposta buscar um novo rumo para o País, já que existe uma insatisfação tanto com a presidente Dilma como o atual vice, Michel Temer. “Buscamos apontar uma real condição para a saída da crise que a gente se encontra, até porque as duas partes que estão juntas hoje e que efetivamente se separaram num processo de disputa interna não tiveram condições de tocar a economia do País. E agora, o que se raciocina é: Ou a permanência de uma parte, ou a entrada da outra. Ora, se juntas essas duas partes não tiveram condições, como que separadas terão autoridade para tocar este País?”, questionou. Depois de protocolado na Mesa Diretora do Senado, o texto será analisado para definição das comissões de mérito pelas quais passará. Caso seja aprovado no Senado, em dois turnos de votação no plenário, o texto ainda precisa passar pela Câmara dos Deputados, também em dois turnos.

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