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Homenagem aos 50 anos de samba de Nelson Rufino

Emoção marcou a sessão da Câmara Municipal de Salvador. Ouça o CD Minha Vida!

24 de fevereiro - 2016 às 09h36
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Secretaria de Comunicação da Câmara Municipal de Salvador

Ao som de clarins e muito samba, o autor de sucessos como “Verdade”, gravado por Zeca Pagodinho, e “Todo menino é um rei”, consagrado por Roberto Ribeiro, o baiano Nelson Rufino foi homenageado na noite desta terça-feira (23), na Câmara Municipal de Salvador, pelos seus 50 anos de samba. A iniciativa foi do vereador Moisés Rocha (PT), que parabenizou o sambista, de 73 anos de idade, pelo conjunto da obra e por ter levado o samba da Bahia para o Brasil e o mundo. Moisés Rocha ressaltou a garra com que o homenageado defende e ajuda a propagar o samba de raiz, citando como exemplo a criação da Quinta do Samba no Carnaval de Salvador, reunindo blocos como Alerta Mocidade, Alerta Geral e Amor e Paixão, iniciativa importante para a revitalização da folia no circuito do Centro.

Entre os artistas de projeção nacional que gravaram músicas de Nelson Rufino, o vereador destacou Zeca Pagodinho, Jorge Aragão, Alcione, Martinho da Vila, Nara Leão, Roberto Ribeiro, João Nogueira e Elza Soares. Segundo Moisés, uma das características das composições do sambista é falar da figura feminina com carinho. Autor da proposta de criação do Estatuto do Samba, para preservar a tradição da história do ritmo, Moisés aproveitou para defender a tese de que “o samba é um patrimônio imaterial brasileiro”. E, segundo ele, Nelson Rufino é “um dos grandes expoentes deste ritmo genuinamente brasileiro”. 

“Ralamos pra caramba”

Emocionado, diante do plenário lotado de amigos, incluindo sambistas como Edil Pacheco, Juliana Ribeiro e Firmino de Itapuã, o soteropolitano Nelson Rufino disse que só tinha a agradecer: “Obrigado, Senhor, pelos meus versos. Isso que está acontecendo aqui não é um conto de fadas, mas às vezes eu fico me perguntando se estou mesmo vivo”. O cantor e compositor admitiu que “não é fácil ser sambista nesta terra”, e contou que ele e outros adeptos do ritmo “ralamos pra caramba para manter acesa a chama do samba por aqui”. Nelson Rufino, no início da carreira, chegou a ir para o Rio de Janeiro tentar a sorte no futebol e fazer contatos com cantores de projeção nacional, mas hoje se orgulha de ter permanecido na Bahia. “Foi a melhor cartada que eu fiz na vida”, constatou.

 


Nelson Rufino foi conduzido ao Plenário Cosme de Farias pelos vereadores Claudio Tinoco (DEM), Aladilce Souza (PCdoB) e Odiosvaldo Vigas (PDT). O vereador Sílvio Humberto (PSB) também prestigiou o evento. Para entrega de placa comemorativa ao homenageado o vereador Moisés Rocha convidou o filho Fernando Rufino. Apresentaram-se na sessão, que teve o ator Jorge Washington como mestre de cerimônia, os cantores Dão, Rogério Bambeia e Gal do Beco, os grupos Viva Voz e Batifun e Jiló do Pandeiro.

A mesa da sessão foi composta, ainda, pelo desembargador Carlos Cintra, ex-presidente do Tribunal de Justiça da Bahia; Arany Santana, diretora-geral do Centro de Culturas Populares e Identitárias, representando o secretário estadual de Cultura, Jorge Portugal, que presenteou Rufino com um troféu; Arnaldo Silva, presidente da Escola de Samba Filhos do Tororó; Zé Arerê, presidente da Unesamba; Rose Lima, diretora artística do Teatro Castro Alves, e pelo compositor e primeiro parceiro Walmir Lima.

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