O estado da Bahia aparece na liderança de denúncias enviadas, no ano passado, aos Ministérios da Justiça e das Cidades, relacionadas a risco social e irregularidades envolvendo o programa federal Minha Casa Minha Vida. Foram relatados problemas com tráfico de entorpecentes, atuação de milícias, venda ilegal de apartamentos construídos com recursos do programa e até mesmo homicídios, em pelo menos 16 estados do país. Ao todo, foram registradas, de abril a dezembro, 108 denúncias, sendo que 24 delas tiveram origem no estado da Bahia - sete das quais de um único condomínio. Trata-se do Residencial Pirajá, que teve a obra concluída e passou a ser habitado em 2012, com um total de 340 apartamentos. Sete das denúncias chegaram aos ministérios vindas do conjunto situado no bairro de mesmo nome, relacionadas, principalmente, à ação de gangues de traficantes de drogas no local.
Outros estados
Os estados brasileiros que tiveram maior volume de denúncias - juntamente com a Bahia - foram Minas Gerais e Rio de Janeiro, que ficaram empatados com 18 ocorrências, enquanto São Paulo registrou dez casos. Essas denúncias começaram a ser recebidas em abril do ano passado, quando o governo federal criou um grupo executivo de trabalho, responsável por desenvolver ações integradas com órgãos de segurança sobre condutas ilícitas no âmbito de programas habitacionais instituídos pela União.