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Segunda edição do Afro Fashion Day terá 70 modelos e 50 marcas

Ponto alto será ao pôr do sol: um desfile na Praça da Cruz Caída, no Centro Histórico de Salvador, com modelos e convidados, além de show surpresa.

03 de novembro - 2016 às 10h38
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Verena Paranhos / Correio

Empoderamento, identidade negra, moda, música e atividades de formação ainda mais fortes. É essa a proposta da segunda edição do Afro Fashion Day, projeto idealizado pelo jornal CORREIO para marcar o Dia da Consciência Negra, celebrado no próximo dia 20. Este ano, o evento gratuito foi ampliado para o fim de semana: começará no sábado, 19, às 9h, e terminará na noite de domingo, 20. O ponto alto será ao pôr do sol: um desfile na Praça da Cruz Caída, no Centro Histórico de Salvador, com modelos e convidados negros como protagonistas, além de show surpresa. “O Afro Fashion Day entrou para o calendário de Salvador. Ele representa para o CORREIO sair das páginas e ambiente digital para viver experiências com o leitor. A gente quer sempre investir nesse tipo de projeto que tenha identidade com a nossa terra e com a nossa marca”, destaca o gerente de Mídias Digitais e Marketing do CORREIO, Fábio Góis. 

Programação

Se estende para a Praça da Sé, que receberá, no dia 20, uma feira com mais de 50 expositores. Nos estandes serão vendidos artesanato, acessórios e roupas das marcas baianas que subirão na passarela, além de outros criativos. Haverá também um espaço dedicado à gastronomia baiana e food trucks. Tudo isso acompanhado de muita música. As oficinas também foram ampliadas e passam a acontecer no Senac da Rua Chile. Serão dez cursos e palestras na manhã de sábado, sobre temas como empoderamento, beleza negra e empreendedorismo. Outro destaque da programação é a exposição Visu no Pelô, com imagens de pessoas estilosas que circulam pelas ruas do Centro Histórico. A mostra a céu aberto tem curadoria de Paula Magalhães,  editora do Bazar, e de Léo Amaral,  produtor de moda do suplemento de domingo do CORREIO, com fotografias de Angeluci Figueiredo.  

Moda das ruas

Com o tema O Grito das Ruas, 50 estilistas e marcas – 23 a mais que em 2015 - vão apresentar na passarela peças inspiradas na cultura afro-baiana. Também cresceu o número de modelos e convidados que irão desfilar os looks: serão 70, em vez dos 45 do ano passado. “É uma vitrine para o mercado local. Muitos dos criadores vão produzir peças exclusivas com a pegada streetwear. Isso tem muito a ver com o momento que Salvador vive, em que o público jovem tem ocupado mais as praças. As pessoas que estão mais na rua e têm muito estilo”, avalia Fagner Bispo, responsável pela curadoria das marcas e modelos, juntamente com Gabriela Cruz, editora do Bazar.

Consolidação

A designer, estilista e pesquisadora Carol Barreto, que participa pela segunda vez do projeto, acredita que o evento repercute em toda a cadeia produtiva da moda: das empresas à formação universitária. “O nome Afro Fashion Day traz também uma responsabilidade política de ser crítico sobre qual moda produzimos, em que medida contratamos modelos negras. A reflexão que vale do ano passado para este é até que ponto a gente assumiu isso na nossa conduta pessoal e profissional”.

Em sua primeira edição, o Afro Fashion Day ganhou reconhecimento internacional: o projeto ficou em segundo lugar na premiação da Associação Internacional de Mídias Noticiosas (Inma), na categoria melhor uso de um evento para construção de uma marca noticiosa, concorrendo com um veículo dos Estados Unidos e outro da Austrália. “A Bahia é o maior caldo de cultura do Brasil e o CORREIO é protagonista nessa história. É um evento que veio para ficar e certamente vai virar um ícone da cidade, como o Festival de Verão, o Réveillon, o São João”, avalia o diretor-executivo do CORREIO, Roberto Gazzi.

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