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Tilápia deve alcançar 80% do mercado no Brasil até 2030

Projeção leva em conta mudança de hábitos de consumo do brasileiro e potencial de exportação. Versátil, ela serve pra qualquer prato!

03 de outubro - 2023 às 11h10
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Globo Rural

Por Maria Emília Zampieri

A tilápia tem reinado absoluta no mercado brasileiro de peixes. Fatores como proteína de alta qualidade, preço competitivo e preparo fácil fazem com que conquiste espaço a nados largos e, até 2030, deve responder por 80% da produção nacional, segundo previsão da Peixe BR (Associação Brasileira de Piscicultura). A expectativa é que nesse ritmo o Brasil assuma no posto de terceiro maior produtor mundial de tilápias, dentro de três ou quatro anos. Hoje, o país está na quarta posição, com 8,4% do volume global, atrás apenas de China, Indonésia e Egito. Em 2022, foram produzidas 550.060 toneladas de tilápias em águas brasileiras, volume que representa 63,93% da produção nacional de peixes de cultivo.

O número é 3% maior que o alcançado em 2021 (534.005 toneladas), e a tendência é essa expansão continuar, segundo a Peixe BR. O avanço vem acompanhado por desafios. É preciso reduzir a carga tributária para estimular as exportações, e as práticas que envolvem o licenciamento ambiental e obtenção de crédito ainda são um entrave para os pequenos produtores. “Uma psicultura forte e competitiva requer políticas públicas que a fomentem, e isso passa inevitavelmente por tributos e meio ambiente”, avalia Francisco Medeiros, presidente da Peixe BR. 

 






Segundo Medeiros, a piscicultura brasileira é uma atividade jovem, e representa o setor de produção animal que mais tem crescido no país nos últimos anos. Isso ocorre em função do consumo ainda ser baixo, 9,5 Kg/hab/ano. "E de haver espaço para escalonarmos. Mas também da profissionalização da cadeia produtiva, fruto de investimentos consistentes em todos seus elos”, avalia o dirigente. De acordo com a Embrapa Pesca e Aquicultura, esses investimentos vêm sendo feitos tanto por pequenos e médios produtores como por grandes empresas multinacionais.

Os aportes contemplam novas estruturas de engorda, produção de insumos (alevinos, ração, aditivos), medicamentos, material genético e avanço nas indústrias de abate e processamento. “Grandes cooperativas e empresas que já atuavam em outras cadeias de proteína animal, como frangos e suínos, estão investindo na tilápia e aproveitando a expertise e a estrutura já consolidadas em outros setores”, aponta Manoel Pedroza, pesquisador da Embrapa Pesca e Aquicultura. 

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