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Trabalhadores da EBAL querem adquirir a empresa

Proposta alternativa à privatização foi apresentada na Tribuna Popular da Câmara Municipal de Salvador.

02 de dezembro - 2015 às 12h01
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Secretaria de Comunicação da Câmara Municipal de Salvador

Com leilão de privatização previsto para o dia 27 de janeiro pelo governo estadual, a Empresa Baiana de Alimentação S/A (Ebal) poderá deixar cerca de 5000 trabalhadores desempregados. Assustados diante desta ameaça, os servidores decidiram se juntar, em parceria com o Sindicato dos Comerciários e Federação dos Trabalhadores Públicos do Estado da Bahia, para propor um plano alternativo de aquisição da empresa, utilizando valores referentes às verbas rescisórias e passivos trabalhistas. A proposta foi apresentada na Tribuna Popular da Câmara Municipal pelo presidente da Associação dos Trabalhadores da Ebal/Cesta do Povo (EBTEC), Francis Tavares, que pediu o apoio dos vereadores para que o plano de aquisição seja analisado pelo governo estadual. “O Ministério Público está apurando o processo de privatização e as denúncias de sucateamento da Cesta do Povo para justificar a terceirização”, frisou Tavares.

Desemprego

Ele protestou contra o “autoritarismo do governo do Estado”, que não se dispõe a ouvir a proposta dos trabalhadores, e denunciou a possibilidade da rede pública ser adquirida por grupo multinacional. “Queremos mostrar que a rede é viável, o que falta é uma gestão eficiente. Em um momento de crise como este que estamos atravessando, poderemos ter 5000 pais e mães de família desempregados”, alertou o presidente da ABTEC. A rede possui 259 lojas, sendo 43 em Salvador, e o leilão anunciado tem como preço mínimo R$81 milhões. Segundo Francis Tavares, a Cesta do Povo foi criada com o objetivo de comercializar produtos básicos a preços mais acessíveis que o mercado, para beneficiar a população de baixa renda. “Hoje as lojas vendem produtos com preços até mais altos que o mercado, como estratégia clara de sucatear a rede para facilitar a privatização”, denunciou.

Vários vereadores se solidarizaram com os trabalhadores da Ebal. Hilton Coelho (PSOL) classificou a denúncia como “gravíssima” e criticou o governo estadual por “questionar direitos históricos dos trabalhadores”. Claudio Tinoco (DEM) alertou para o agravamento da crise econômica para o comércio dos bairros de Salvador caso a rede Cesta do Povo seja adquirida no leilão por um grupo multinacional. Kátia Alves (DEM) lembrou a importância da Ebal para os pequenos e médios agricultores, que comercializam seus produtos na rede. Além disso, os servidores estaduais deixarão de contar com o CredCesta. Kiki Bispo (PDT) e Moisés Rocha (PT) também defenderam a necessidade do governo ouvir a categoria e analisar a proposta de aquisição pelos trabalhadores.

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