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Diretor de complexo escolar é afastado após denúncias de assédio e racismo em Itabuna – Interior da Bahia

O diretor do Complexo Integrado de Educação Básica, Profissional e Tecnológico (CIEBTEC) de Itabuna, Denelísio Nobre, foi afastado do cargo após estudantes denunciarem atos de importunação sexual, assédio moral e racismo. Pelo menos 20 estudantes procuraram uma advogada para prestar denúncias.

A medida foi tomada pela Secretaria de Educação da Bahia (SEC) após os estudantes procurarem a advogada Úrsula Matos, que havia ministrado palestras sobre violência doméstica e assédio sexual e moral na escola. Segundo a advogada, em entrevista a TV Santa Cruz, mais de 20 adolescentes relataram comportamentos inadequados do diretor.

Entre as denúncias feitas, há relatos de meninas que teriam recebido ofertas de dinheiro para beijar o diretor. Uma delas teria recebido a oferta de R$ 200. As denúncias foram registradas na Delegacia da Polícia Civil da cidade de Itabuna escaladamente e estão sob segredo de justiça, o Blog dos políticos do Sul da Bahia.

A SEC informou ao Bahia Notícias que o servidor está afastado por motivos de saúde e que a direção do Núcleo Territorial de Educação do Litoral Sul (NTE 05), a Ouvidoria e a Corregedoria estão na escola para dialogar com a comunidade escolar.

Imagem do diretor em evento representando o Complexo | Foto: Reprodução / Redes Sociais

Com pelo menos 30 anos de serviços prestados na educação, o diretor já concorreu ao cargo de vereador de Itabuna em 2016, recebendo 576 votos, sendo derrotado nas urnas.  Além disso, concorreu também para o Conselho Regional de Educação de Física.

DENÚNCIAS

Segundo Úrsula Matos, durante uma reunião em 2024, o diretor teria usado palavras de teor sexual na frente dos alunos. Ele teria dito que usaria “linguajar juvenil” e que “quem quisesse pegar ele, tava de boa”.

Entre os relatos dos estudantes, de forma anônima, um jovem alegou que o diretor disse que “quem era gay, que podia dar mesmo, e que mulher podia dar também, só que tinha que ter cuidado para não engravidar e ficar com os peitos murchos, caídos”.

Nas redes sociais, outros estudantes entraram em contato ainda nesta quinta-feira (13) com a advogada e prestaram novos relatos. Uma antiga estudante que preferiu não se identificar conta que teve “uma vez uma reunião com o diretor e nenhum outro adulto”. “[Na ocasião] ele chegou a assediar uma aluna com falas [inadequadas] e ainda por ela não falar gostar, ele falou que estava de mau-humor”.

Uma ex-aluna do CIEBTEC relatou ter sido assediada pelo diretor durante uma viagem da escola. Ele teria perguntado sobre sua faixa etária de interesse e se ela tinha interesse em alguém mais velho, com mais de 50 anos. Após a viagem, o diretor teria insistido em saber sua resposta e a teria convidado para tomar banho de piscina em sua casa.

Entidades estudantis e da sociedade civil da cidade manifestaram repudio ao episódio, a rede feminista Crystiane e a organização de ex-alunos formados do colégio convocaram manifestações pedindo justiça pelo caso para esta sexta-feira (14).

A advogada Úrsula Matos disse que os estudantes tinham medo de fazer as denúncias e que eles só voltaram a procurá-la no final do ano letivo.

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