Ilha ficou totalmente na escuridão após colapso elétrico
Cuba ficou novamente na escuridão total após um novo apagão no Sistema Elétrico Nacional (SEN) ocorrido na noite desta sexta-feira (14). Está é a quarto vez que o país enfrenta problemas no sistema elétrico nos últimos seis meses.
Através de um comunicado, o Ministério de Energia e Minas (Minem), disse que o colapso aconteceu por volta das 20h15, horário local, devido a uma falha numa subestação em Diezmero, perto de Havana. O problema gerou uma “perda significativa de geração no oeste de Cuba”, levando ao desligamento total do sistema elétrico nacional.
O ministro da Energia, Vicente de la O Levy, informou que a recuperação será gradual. Para tentar reestabelecer o Sistema Elétrico Nacional, foram criados microssistemas de energia em várias províncias. Na manhã de sábado (15), as conexões parciais já haviam conseguido restabelecer o fornecimento de energia em cerca de dez províncias.
Efeitos do bloqueio imposto pelos EUA
Cuba enfrenta um bloqueio econômico imposto duramente pelos EUA há mais de 50 anos. A energia de Cuba é gerada por usinas termoelétricas que funcionam a combustível. Algumas dessas usinas tem mais de 30 anos. Como a infraestrutura desgastada, os problemas são recorrentes e as usinas ficam fora de serviço para reparos.
Outro problema que agrava a situação das usinas é a escassez de combustível necessário para mantê-las em funcionamento, obrigando o governo cubano a desligar vários motores de geração de energia espalhados pelo país, para racionalizar o uso.
As importações de combustível e de outros produtos são dificultadas pelo bloqueio econômico imposto pelos Estados Unidos. Por conta do bloqueio, Cuba paga três vezes mais do que o preço médio internacional. Isso afeta diretamente a economia do país, limitando os recursos disponíveis para modernizar o sistema elétrico.
O bloqueio também impede que Cuba tenha acesso ao mercado financeiro internacional. Diferente da maioria dos países, Cuba não consegue fazer os investimentos necessários para reformar seu sistema elétrico.
Segundo cálculos da Assembleia Geral da Organização das Nações Unidas (ONU), somente entre março de 2023 e fevereiro de 2024, o bloqueio causou uma perda estimada de 5,5 bilhões de dólares, o que significa mais de 421 milhões de dólares por mês, de acordo com estimativas do governo cubano.
Com informações do Brasil de Fato
