A Justiça da Bolívia anunciou um novo pedido de prisão contra o ex-presidente Evo Morales, acusado de abuso sexual e tráfico de pessoas. A decisão foi divulgada pelas autoridades bolivianas nesta sexta-feira (17), após Morales não comparecer a uma audiência que discutiu o caso
O juiz Nelson Alberto Rocabado intimou Morales no caso de suposto tráfico humano agravado e pela acusação de ter tido relações íntimas com uma adolescente em 2015, quando ocupava a presidência da Bolívia. Morales rejeitou as acusações.
Segundo a ABI, Rocabado ordenou a busca e prisão do ex-presidente boliviano, congelando as suas contas bancárias e a anotação preventiva dos seus bens.
Em dezembro do último ano, o líder cocaleiro afirmou que era vítima de uma “guerra judicial” na Bolívia, sob o comando do seu ex-aliado e atual presidente do país, Luis Arce.
Em meados de 2021, o ex-presidente e o atual mandatário do país, entraram em rota de colisão após disputas internas sobre o futuro do partido Movimento ao Socialismo (MAS), até então comandado pelo líder cocaleiro.
Arce, que também faz parte do MAS, foi expulso da sigla após não comparecer a um evento que definiria o nome para disputar as próximas eleições do país.
Após o episódio, Morales foi impedido de concorrer às eleições de 2025 depois que um tribunal do país derrubou uma decisão de sua antiga administração, que definia a reeleição na Bolívia como um “direito humano”.