Publicado em 20/10/2025, às 17h17 – Atualizado às 17h22 Carolina Papa e Daniel Serrano
O vereador Maurício Trindade (PP) não poupou críticas à utilização do espaço público da Barra. Para o edil, o bairro passou de umas das localidades mais bonitas de Salvador para virar a “casa da mãe Joana” ou um “cabaré”.
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Durante o seu discurso ao longo da sessão da Câmara Municipal de Salvador desta segunda-feira (20), Trindade disse que o estado em que se encontra a Barra ocorre pelo descumprimento de leis, como a do silêncio.
“A Barra virou, o que era um bairro extremamente lindo e maravilhoso, igual à nossa Península de Itapagipe, um dos dois bairros mais bonitos da cidade. Mas agora virou literalmente uma casa da mãe Joana, ou cabaré, onde cada um faz o que quer. Literalmente, na Barra, a lei não é cumprida. Tem a lei do silêncio, mas ela não é respeitada”, disparou.
De acordo com o vereador, lojas não são abertas no bairro porque foram “tomadas pela população de rua”, além da quantidade de eventos realizados na Barra.
“Você chega hoje na Barra e as lojas estão fechadas, porque ninguém consegue abrir. A Barra está tomada pela população de rua. Eventos, como o nosso presidente disse, são dois ou três por dia. Quando a cidade tem outros lugares onde poderiam ser feitos esses eventos”.
“No ano passado, por exemplo, a corrida do Chiclete foi na orla da Boca do Rio. Excelente e maravilhosa. Este ano foi na Barra. Semana passada teve outra corrida, com aquecimento às cinco horas da manhã. Imagine o morador daquela região sendo acordado às cinco da manhã com ‘vamos alongar, vamos pular’. Isso acontece todo sábado, todo domingo. Tem trio elétrico todo fim de semana. Tem instalação de palco, que leva dois dias para montar, e depois do evento, no sábado e domingo, mais dois ou três dias para desmontar”, emendou.