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Auditores fiscais resgatam 30 vítimas de trabalho escravo em Pojuca e Entre Rios

Segundo relato dos trabalhadores, eles começavam a jornada diária às 3h da manhã e não tinham hora para terminar. Confira todos os detalhes!

23 de novembro - 2015 às 09h47
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Bahia do Trabalho

Auditores fiscais do trabalho da Gerência Regional do Trabalho e Emprego de Camaçari promoveram o resgate de 30 trabalhadores em duas ações simultâneas de combate ao trabalho análogo ao escravo nos municípios de Entre Rios e Pojuca. As atividades integraram a primeira Operação Temática de Direitos Humanos – OTEDH no estado da Bahia, realizada conjuntamente pelo Ministério do Trabalho e Previdência Social (MTPS), Ministério Público do Trabalho (MPT), Polícia Rodoviária Federal (PRF), e por algumas secretarias do governo do estado. Em Pojuca, foram flagrados 13 internos de um Centro de Recuperação de Dependentes Químicos realizando trabalho de construção civil em situação análoga ao trabalho escravo numa fazenda. Eles recebiam remuneração mensal entre 300 e 400 reais, sem equipamento de proteção individual (EPI), sem transporte, sem água tratada para consumo e outros.

No centro de recuperação, onde há 76 internos, foi constatado que a situação também é degradante. No local foi encontrando uma panela com sopa feita com cabeça de um suíno, que seria servida no jantar, e estava desprotegida com muitas moscas. A condição estrutural do local também não estava em condições de abrigar pessoas, principalmente essas que estão tentando libertar-se das drogas, pois não há recuperação sem o mínimo de dignidade. Todas as medidas necessárias foram tomadas para o caso. Em Entre Rios, dezessete trabalhadores foram flagrados em situação análoga ao trabalho escravo, na zona rural, numa fazenda que desenvolvia atividades de granja. Entre as irregularidades encontradas, estão alojamentos sem condições de estadia, banheiro sem descarga, panelas de comida imundas, entre outros.

Segundo relato dos trabalhadores, eles começavam a jornada diária às 3h da manhã e não tinham hora para terminar. Todos eram obrigados a carregar baldes de estercos de 70 quilos na cabeça e recebiam R$ 6 por tonelada de excrementos, os quais não eram suficientes para pagar o acordo com a empresa e sempre acabavam “devendo” aos patrões.  Eles teriam que ficar confinados durante quatro meses para executar as tarefas. Após o flagrante, os trabalhadores resgatados e um encarregado da fazenda foram conduzidos à Polícia Federal em Salvador.

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