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Comenda inédita é entregue a Mãe Stella

‘Essa medalha não é só minha, é de todos os negros e negras do axé’, disse a homenageada.

17 de agosto - 2015 às 09h14
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Divulgação

Fé, resistência e toques dos alabês para os orixás deram o tom da Sessão Especial de Entrega da Comenda Dois de Julho à Maria Stella de Azevedo Santos, a Mãe Stella de Oxóssi, uma das personalidades mais importantes da cultura afrobaiana, nesta sexta-feira (14), no plenário da Assembleia Legislativa da Bahia. Proponente da homenagem, o deputado estadual Marcelino Galo (PT) lembrou que a sacerdotisa, além de fazer a comunicação entre os membros da comunidade e os orixás, ajuda a desenvolver a espiritualidade do povo. “Essa é a primeira vez que uma autoridade religiosa de matriz africana recebe esta Comenda na Alba. Por meio desta Casa Legislativa o povo da Bahia presta um ato de reconhecimento e justiça à Mãe Stella de Oxóssi, cuja sabedoria nos orienta e nos inspira”, afirmou o parlamentar.

Ao som dos atabaques e vestidos de branco, filhos e filhas de santo de mais de 120 terreiros estiveram na Casa Legislativa para homenagear Mãe Stella, que é a quinta Ialorixá na linha de sucessão do Terreiro Ilê Axé Opô Afonjá, um dos mais antigos e tradicionais de Salvador, que além da parte espiritual, desenvolve um trabalho social, através da fundação de uma escola que atende cerca de 300 crianças que aprendem, entre outras coisas, a cultura africana iorubá.

Humildade

“Não sonhava que chegaria ao ponto de receber essa Comenda. Foi uma surpresa agradabilíssima. Eu acho que é uma evolução pro nosso Estado uma Yalorixá negra receber essa homenagem. Essa medalha não é só minha, é de todos os negros e negras do axé”, destacou Mãe Stella.

Participaram da atividade a vice-presidente da Academia de Letras da Bahia, Myriam Fraga, a secretária de Promoção da Igualdade Racial, Vera Lúcia Barbosa, o ex-governador e vereador Waldir Pires,  o secretário de cultura do Estado, Jorge Portugal, o reitor da UNEB, José Bites, o secretário de Turismo, Nelson Pelegrino, o Maestro Carlos Prazeres, os vereadores Edvaldo Brito e Silvio Humberto e representantes da Rede de Combate ao Racismo e a Intolerância Religiosa, da Fundação Pedro Calmom e Fundação Cultural Palmares, da Secretaria Municipal da Reparação, do Conselho Municipal da Comunidade Negra, do Tribunal de Justiça da Bahia, além da sociedade civil.

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