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Corpo de Tourinho vai ser sepultado na tarde desta sexta

"Para nós da família ele foi um exemplo em tudo, pelo seu caráter e a forma como soube se conduzir na vida”, ressalta filho.

08 de maio - 2015 às 10h31
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A Tarde / Foto: Metro1

O ex-ministro e ex-senador baiano Rodolpho Tourinho Neto morreu na madrugada desta quinta-feira, 7, aos 73 anos, no Hospital Sírio-Libanês, em São Paulo. O corpo de Tourinho será velado no Palácio da Aclamação, em Salvador, desde às 8 horas desta sexta, 8, e o sepultamento está marcado para as 14h30 no Cemitério Jardim da Saudade, no bairro de Brotas. Desde novembro do ano passado ele vinha lutando contra um câncer na cabeça, segundo informou o filho, o empresário Rodolpho Tourinho. Na tarde desta quinta, enquanto providenciava o translado do corpo do Sírio-Libanês para Salvador, o empresário falou com emoção sobre o pai. "Para nós da família ele foi um exemplo em tudo, pelo seu caráter e a forma como soube se conduzir na vida, seja como homem público, político, na atividade empresarial e em família", disse Tourinho filho. O ex-ministro deixa esposa e outros três filhos.

Um dos representantes de destaque do "carlismo" - grupo político liderado pelo ex-governador Antonio Carlos Magalhães, do extinto PFL agora DEM -, Rodolpho Tourinho estava residindo em São Paulo nos últimos anos e era presidente-executivo da Associação Brasileira de Infraestrutura e Indústrias de Base (Abdib). Economista, ele foi secretário da Fazenda da Bahia (1991-1998) e ministro de Minas e Energia (1999-2001) no segundo governo de Fernando Henrique Cardoso, quando também exerceu a presidência dos Conselhos de Administração da Petrobras, Petrobras Distribuidora e Eletrobrás. Foi senador entre 2003 e 2007, na vaga aberta por Paulo Souto (DEM), quando este tomou posse como governador da Bahia. Integrou, ainda, o Conselho Superior Estratégico e o Conselho de Infraestrutura da Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp).

Reconhecimento

A morte de Rodolpho Tourinho repercutiu na Bahia e no Congresso, em Brasília, onde deputados e senadores destacaram seu legado. A Abdib divulgou nota de pesar, assim como vários empresários. A presidente Dilma Rousseff (PT) emitiu nota logo pela manhã. "Soube agora da morte do ex-ministro Rodolpho Tourinho, um homem público com elevado compromisso com o seu País e o seu povo. Manifesto meu pesar à família dele, aos amigos e ao povo baiano", afirmou a presidente. O governador Rui Costa (PT) assim que foi informado do falecimento de Tourinho, durante visita à Itabela, no extremo sul da Bahia, autorizou a utilização do Palácio da Aclamação para o velório. "Neste momento de dor, manifesto minha solidariedade aos familiares", afirmou Rui em nota.

O prefeito de Salvador ACM Neto (DEM) também homenageou o amigo. "Convivi muitos anos com Rodolpho Tourinho, grande amigo da minha família, principalmente do meu avô (ACM). Em todos os cargos que ocupou, ele sempre colocou a Bahia em primeiro lugar, trabalhando muito pelo desenvolvimento do nosso Estado". O deputado federal tucano Antonio Imbassahy, falou da sua admiração por Tourinho, com quem disputou o Senado, logo após romper com o carlismo e se filiar ao PSDB. "Quando fui prefeito de Salvador e ele secretário da Fazenda do estado, fizemos uma importante parceria para a recuperação da cidade".

O deputado federal José Carlos Aleluia (DEM) lembrou que Tourinho, à frente da Fazenda, liderou o ajuste fiscal promovido pelo governador Antonio Carlos Magalhães, em sua gestão de 1991 a 1994. "Ele arrumou as contas baianas, criando as condições necessárias ao salto econômico do estado na década de 1990". Atual secretário da Fazenda de Salvador, o ex-governador Paulo Souto estará no velório de Tourinho representando o Democrata nacional, segundo pedido feito pelo presidente, o senador Agripino Maia (DEM-RN).

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