Governador critica declarações de Pinheiro

O governador Jaques Wagner repercutiu, na manhã deste sábado (27), durante a entrega da última etapa do Complexo Viário do Imbuí, em Salvador, as declarações do senador Walter Pinheiro (PT), que revelou esta semana sofrer perseguição partidária. Apesar de descrente da veracidade do suposto encalço, Wagner disse que provas concretas precisam ser apresentadas para dar fim às especulações. Lamentando a falta de objetividade nas declarações do senador, Wagner foi incisivo: “Eu não gostei, por ser uma declaração infeliz, leviana e genérica”.  "Desconheço que o senador tenha sido perseguido, ninguém perseguiu ele. Quem ele acusou? Ele tem que dar nomes", pontuou. Questionado se Walter Pinheiro ainda teria espaço dento do Partido dos Trabalhadores, Jaques Wagner esquivou-se dizendo que esta é uma questão para ser discutida dentro da cúpula partidária, após o pleito eleitoral. “Não é hora de discutir isso”.

No início da semana, ao ser confrontado pela Veja sobre as declarações de Dalva Sele, o senador baiano contou sua versão da história em dois telefonemas. Na primeira ligação, Walter Pinheiro admite ter recebido ajuda de Dalva Sele na campanha, mas nega ter feito caixa dois. Depois, no segundo telefonema, ele envolveu seu próprio partido. Ao reconhecer a montagem do esquema, o senador condenou o PT por tê-lo atirado num clássico esquema de caixa dois eleitoral: “essa mulher (Dalva) pertencia às correntes do PT, as mesmas correntes que nacionalmente viviam se estapeando comigo por causa do negócio do mensalão. Ela não veio para a minha campanha pelas minhas mãos, ela veio a partir das relações delas dentro do PT (...) É um negócio que me dá dor na alma: mais uma vez o PT pregando peça pra cima de mim”.

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