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GUERRA AO NEPOTISMO: MP recomenda exoneração de parentes do prefeito, vice, vereadores e secretários de João Dourado

Promotora condena uso da máquina municipal em troca de apoio político e destaca a possibilidade de inquérito civil. Saiba mais!

15 de setembro - 2017 às 13h47
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Foto: Reprodução Facebook João Dourado - Prefeitura

Considerando a violação dos princípios que regem a administração pública, a promotora de Justiça Nayara Valtércia Gonçalves Barreto, do Ministério Público do Estado da Bahia (MP-BA), recomendou ao prefeito de João Dourado, Celso Loula Dourado, a anulação de contratações temporárias e nomeações de "servidores ocupantes de cargo comissionado ou função de confiança que sejam parentes até o terceiro grau, afim, consanguíneo ou civil, do prefeito, vice-prefeito, secretários municipais e vereadores ou servidores municipais, bem como se abstenha de realizar novas nomeações com as mencionadas limitações". No documento, emitido no último dia 6, a promotora condena o "hábito" de nomear parentes e subordinados "em troca de apoio político" e fala na possibilidade de inquérito civil para "controle do fenômeno do nepotismo". O caso mais notório, sem dúvida alguma, é o da primeira-dama Rita de Cássia Amorim do Amaral, que ocupa a Secretaria de Assistência Social. No primeiro escalão e que também são parentes diretos do Dr. Celso, como é conhecido o prefeito, destacam-se os sobrinhos Cláudio Vanderley Loula Dourado e Saulo Miranda Dourado, titulares das pastas de Saúde e Obras, respectivamente. O secretário de Administração, Diego Cardoso Dourado, pertence à tradicional família Cardoso, assim como o assessor Diamenson Cardoso e a vereadora Rosângela Cardoso. Informações extraoficiais dão conta de que a situação fica ainda mais escandalosa quando se leva em conta os cargos de segundo e terceiro escalão. 

A recomendação do MP-BA estipula o prazo de 10 dias, que vence neste sábado (16), para que a gestão Celso Loula Dourado informe a Promotoria de Justiça a "relação de eventuais ocupantes de cargos comissionados sem concurso público ou secretários municipais que sejam cônjuge, companheiro ou parente (linha reta, colateral ou afinidade)" do prefeito, vice, vereadores e secretários do município. Se estiver disposto a evitar um inquérito, o prefeito terá que entregar a chamada “lista do nepotismo” na segunda-feira, dia 18. 

Por enquanto, até que a situação tenha desfecho, tem muita gente no quadro de funcionários do município com medo de perder o emprego. 

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