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Inovação é a marca da nova Barra

Espaço compartilhado exige mudança de comportamento e simboliza transformação de Salvador

24 de agosto - 2014 às 08h18
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ASCOM Salvador / Fotos: Max Haack

O primeiro local escolhido pelos portugueses para iniciar a colonização no Brasil, no início do século XVI, agora torna-se pioneiro no recebimento de uma tendência adotada em grandes cidades da América e da Europa e que está sendo implantado em Salvador: o espaço compartilhado. A nova Orla da Barra destaca-se pelo grande impacto estrutural, visual e de comportamento dos cidadãos quanto ao uso do espaço público em um ambiente que promove interação entre veículos e pedestres, tudo de maneira harmônica. A gênese para essa mudança aconteceu após um dos compromissos do prefeito ACM Neto, ainda na época da campanha eleitoral: ampliar os passeios da Orla da cidade, incluindo a Barra, para dar mais conforto a moradores e visitantes. Já na primeira semana de governo, em janeiro de 2013, foi apresentado à atual gestão o projeto conceitual, desenvolvido pela Prado Valladares Arquitetos Ltda. O projeto executivo ficou a cargo da Construtora Norberto Odebrecht, vencedora da licitação para a construção da obra, com paisagismo da SQ+ Arquitetos Associados, comandada pelo arquiteto Sidney Quintela.

“Traduzimos a ampliação dos calçadões da Orla como aumento do espaço para os humanos, em lugar do espaço que era ocupado pelos carros. Sendo assim, quando levamos o projeto ao prefeito, mostramos a situação atual da Barra através do Google Street - um bairro repleto de carros e de características comerciais - e apresentamos a seguinte proposta: imagine um local em que todos possam conviver em um mesmo espaço, sem configuração, sem faixas determinadas de ocupação, sem agressividade, tirando duas barreiras: a de desnível e a de convivência desarmônica. E mais: que a Barra pudesse ser um local de destino, e não apenas de passagem”, conta o sócio-diretor da Prado Valladares Arquitetos Ltda e responsável técnico pelo projeto, Lourenço Valladares.

Desafios - O primeiro desafio apontado foi a implantação do espaço compartilhado em Salvador, como já acontece em cidades como Buenos Aires, na Argentina, Barcelona, na Espanha, e Londres, na Inglaterra. No local, é claro, não há demarcação do espaço a ser utilizado por carros, motos, bicicletas e pessoas, no intuito de provocar um respeito e uma interação maior entre os que circulam por ali. Na Barra, o principal local a receber essa intervenção é a Avenida Oceânica, no trecho entre o Farol da Barra e o Barra Center e suas transversais. Outras vias que também recebem piso compartilhado são as ruas Marques de Leão, Barão de Sergy e Barão de Itapuã, além da Avenida Sete de Setembro (no trecho entre a Ladeira da Barra e o Farol da Barra).

Para a realização dessa fase, foram feitos maciços investimentos em infraestrutura, a exemplo de nova iluminação em LED, dutos subterrâneos para passagem de fiação, recuperação das balaustradas, escadarias e paisagismo, dando à região a característica de uma grande praça. O projeto atende totalmente as normas técnicas brasileiras e internacionais. O segundo desafio foi o disciplinamento do tráfego considerando a Barra como local de destino. Outra necessidade apontada foi a racionalização do número de linhas de ônibus que circulavam pelo bairro que, na maioria dos casos, incluía a Barra no roteiro apenas como passagem para outros locais, como o Centro da cidade. Além disso, nas vias com piso compartilhado, os veículos deverão circular com velocidade reduzida, a ser controlada por fotossensores.

O projeto custou R$ 60 milhões.

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