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Iphan faz inventário de referências culturais no sertão da Bahia

Entre os principais bens, estão corrida da argolinha, quebra pote, batalhão roubado, festa de vaqueiros, terno de reis, toque de sanfona, bandas de pífanos, vaquejada e etc.

30 de abril - 2015 às 09h19
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Assessoria de Comunicação Ministério da Cultura / Foto: O Nordeste

O sertão baiano terá, em breve, seus bens culturais e ações voltadas ao patrimônio cultural imaterial brasileiro listados no Inventário Nacional de Referências Culturais (INRC). O Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan) realizou uma pesquisa nos municípios de Canudos, Monte Santo e Euclides da Cunha para levantamento de informações. Entre os principais bens identificados, estão a corrida da argolinha, quebra pote, batalhão roubado, festa de vaqueiros, terno de reis, toque de sanfona, bandas de pífanos, vaquejada, rezadeiras, curandeiras, benzedeiras e artesanatos de cerâmicas, de palha e de folha de bananeiras. O objetivo do INRC é a produção de conhecimento sobre os domínios da vida social aos quais são atribuídos sentidos e valores e que, portanto, constituem marcos e referências de identidade para determinados grupos e comunidades. Contempla, além das categorias estabelecidas no Registro de Bens Culturais de Natureza Imaterial, edificações associadas, significações históricas e imagens urbanas, independentemente de sua qualidade arquitetônica ou artística.

Os resultados preliminares da pesquisa foram apresentados à comunidade dos municípios do sertão baiano pelas técnicas do Departamento de Patrimônio Imaterial da Superintendência do Iphan na Bahia Maria Paula Adinolfi e Nalva Santos. "A ideia é submeter o resultado ao crivo dos participantes, com o intuito de obter aprovação do produto elaborado e colher sugestões, eventuais complementações e correções. Como também submeter a opinião e as indicações para a segunda etapa do Inventário", explicou Maria Paula. Participaram das reuniões associações de agentes culturais, representantes das prefeituras, Câmaras de Vereadores, da igreja católica, da Universidade do Estado da Bahia (Uneb) e outras instituições locais.

Na oportunidade, várias sugestões foram dirigidas às instituições governamentais, com vistas a garantir a permanência e o fortalecimento da cultura local, como o estímulo à aquisição de produtos artesanais; a compra, pelo poder municipal, de instrumentos, indumentárias e outros implementos necessários à continuidade das bandas de pífanos, do toque da sanfona e dos ternos de reis; e a contratação de grupos musicais ligados às formas de expressão tradicionais para apresentação nas festas promovidas pelos municípios.

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